Iniciamos a semana com atualização da Balança Comercial preliminar do mês no Brasil. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de março foram exportadas 90,014 mil toneladas de café não torrado, representando apenas 44,3% de todo o volume exportado em todo o mês de março em 2022.
Não é de hoje que acompanhamos as exportações do café cada dia mais fracas, uma vez que o cafeicultor ainda tende a segurar o seu produto, e quando realmente necessita negociar acaba optando pelo mercado físico nacional, onde em determinados momentos os preços estão bem mais atraentes.
No mercado físico, vemos que na sexta-feira (17) os preços em Guaxupé/MG saltaram +3,6%, levando a saca de arábica para R$1.140,00.
Quanto aos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York, esses vem mantendo sua posição no campo negativo. O contrato maio encerrou a última sessão da semana recuando -1,35%, e deu sequência ao movimento nesta segunda-feira (20) quando encerrou variando -2,46%, cotado a 178,50 cents/lp.
Mesmo com uma alta significativa de +4,18% na última quinta-feira (16), e fundamentos sólidos para com a oferta global do café, as cotações ainda são pressionadas.
O cenário macroeconômico vem sendo o responsável pela recente queda para as commodities agrícolas devido à forte aversão ao risco, principalmente para o café. A atenção está voltada para o banco suíço após o relatório anual de 2022 apresentar certas incoerências financeiras. Mesmo com o anúncio do banco sobre a correção dos erros, as ações do banco já caíram mais de 22% e impulsionaram a alta do dólar.
Nos EUA também temos instabilidades bancárias, que aumentam a preocupação do mercado quanto a uma recessão econômica mundial.