Soja – Mercado Externo
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira (12) em movimento positivo. O vencimento de novembro avançou 0,65% frente ao pregão anterior, sendo cotado a US$ 11,20 por bushel, enquanto o contrato de janeiro registrou acréscimo de 0,57%, alcançando US$ 11,33 por bushel.

Investidores seguem ajustando posições à espera do novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para esta sexta-feira (14), após a pausa desde setembro. As projeções indicam possíveis reduções nos números de produção e produtividade da safra 2025/26 norte-americana, fator que, se confirmado, pode oferecer sustentação adicional às cotações da oleaginosa.
Além disso, o mercado acompanha o andamento das compras chinesas, após o compromisso de Pequim em adquirir cerca de 12 milhões de toneladas até o fim do ano. Até o momento, entretanto, não há registros de avanços significativos. A China enfrenta um cenário de elevada oferta interna, consequência de importações volumosas nos últimos meses, o que garantiu abastecimento confortável até a entrada da nova safra brasileira em 2026. Diante disso, as perspectivas de grandes aquisições do país asiático junto aos Estados Unidos permanecem limitadas.
Soja – Mercado Interno
No cenário doméstico, o Indicador Esalq/B3 (Cepea) apresentou variações divergentes entre as praças acompanhadas. Em Paranaguá (PR), a saca foi negociada a R$ 140,09, aumento de 0,8% frente ao dia anterior. Já no Paraná, o indicador manteve-se praticamente estável, com leve recuo de um centavo, encerrando o dia a R$ 133,94 por saca.
No mercado físico, o comportamento dos preços foi heterogêneo. As principais valorizações ocorreram em São Paulo (+2,4%; R$ 127,00/saca), Mato Grosso do Sul (+0,5%; R$ 124,85/saca) e Mato Grosso (+0,4%; R$ 118,97/saca). Em contrapartida, as maiores quedas foram observadas no Rio Grande do Sul (-1,6%; R$ 124,04/saca) e em Minas Gerais (-0,2%; R$ 128,18/saca). Nas demais regiões, as cotações permaneceram praticamente inalteradas.

Nos últimos dias, os produtores aproveitaram para intensificar a comercialização no mercado interno. Nos portos, entretanto, o ritmo foi mais moderado, refletindo o recuo dos prêmios de exportação e a menor atratividade das negociações externas. Assim, os negócios firmes concentraram-se em algumas regiões do interior.
A recente desvalorização do dólar, negociado abaixo de R$ 5,30, tem contribuído para um ambiente menos favorável aos preços, limitando o ímpeto exportador. Paralelamente, a China segue optando pela soja brasileira em detrimento da norte-americana, que é mais competitiva em termos de preços e tarifas, trazendo suporte a oleaginosa.

Adicionalmente, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para cima suas projeções de embarques. O Brasil deve exportar cerca de 4,26 milhões de toneladas de soja em novembro, volume 500 mil toneladas superior à estimativa anterior. Caso confirmado, o resultado representará um avanço expressivo de 82% em relação ao mesmo mês de 2024.
