MINUTO DA SOJA: Soja avança em Chicago à espera de novo relatório do USDA

Expectativas de cortes na safra norte-americana e lentidão nas compras chinesas sustentam movimento nas cotações. No Brasil, produtores nos últimos dias concentraram as negociações no interior. ANEC revisa pra cima as exportações de soja em novembro, que deve alcançar 4,26 milhões de toneladas.

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 13/11/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Soja – Mercado Externo

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira (12) em movimento positivo. O vencimento de novembro avançou 0,65% frente ao pregão anterior, sendo cotado a US$ 11,20 por bushel, enquanto o contrato de janeiro registrou acréscimo de 0,57%, alcançando US$ 11,33 por bushel.

Investidores seguem ajustando posições à espera do novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para esta sexta-feira (14), após a pausa desde setembro. As projeções indicam possíveis reduções nos números de produção e produtividade da safra 2025/26 norte-americana, fator que, se confirmado, pode oferecer sustentação adicional às cotações da oleaginosa.

Além disso, o mercado acompanha o andamento das compras chinesas, após o compromisso de Pequim em adquirir cerca de 12 milhões de toneladas até o fim do ano. Até o momento, entretanto, não há registros de avanços significativos. A China enfrenta um cenário de elevada oferta interna, consequência de importações volumosas nos últimos meses, o que garantiu abastecimento confortável até a entrada da nova safra brasileira em 2026. Diante disso, as perspectivas de grandes aquisições do país asiático junto aos Estados Unidos permanecem limitadas.

Soja – Mercado Interno

No cenário doméstico, o Indicador Esalq/B3 (Cepea) apresentou variações divergentes entre as praças acompanhadas. Em Paranaguá (PR), a saca foi negociada a R$ 140,09, aumento de 0,8% frente ao dia anterior. Já no Paraná, o indicador manteve-se praticamente estável, com leve recuo de um centavo, encerrando o dia a R$ 133,94 por saca.

No mercado físico, o comportamento dos preços foi heterogêneo. As principais valorizações ocorreram em São Paulo (+2,4%; R$ 127,00/saca), Mato Grosso do Sul (+0,5%; R$ 124,85/saca) e Mato Grosso (+0,4%; R$ 118,97/saca). Em contrapartida, as maiores quedas foram observadas no Rio Grande do Sul (-1,6%; R$ 124,04/saca) e em Minas Gerais (-0,2%; R$ 128,18/saca). Nas demais regiões, as cotações permaneceram praticamente inalteradas.

Nos últimos dias, os produtores aproveitaram para intensificar a comercialização no mercado interno. Nos portos, entretanto, o ritmo foi mais moderado, refletindo o recuo dos prêmios de exportação e a menor atratividade das negociações externas. Assim, os negócios firmes concentraram-se em algumas regiões do interior.

A recente desvalorização do dólar, negociado abaixo de R$ 5,30, tem contribuído para um ambiente menos favorável aos preços, limitando o ímpeto exportador. Paralelamente, a China segue optando pela soja brasileira em detrimento da norte-americana, que é mais competitiva em termos de preços e tarifas, trazendo suporte a oleaginosa.

Adicionalmente, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para cima suas projeções de embarques. O Brasil deve exportar cerca de 4,26 milhões de toneladas de soja em novembro, volume 500 mil toneladas superior à estimativa anterior. Caso confirmado, o resultado representará um avanço expressivo de 82% em relação ao mesmo mês de 2024.

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