A semana iniciou pouco movimentada no mercado doméstico brasileiro. Ainda acompanhamos os produtores sem intenção de venda, tímidos frente as incertezas políticas no país. Os preços físicos ficaram estáveis e algumas praças apresentaram leves altas nesta segunda-feira (07), que é o caso dos estados do Mato Grosso, que teve a média da saca valorizada em +1,1%, valendo R$166,24.
Até o último dia 03, o plantio da safra 2022/23 havia alcançado 57% do total, 10 p.p atrás do mesmo período do ano anterior. O atraso está ocorrendo devido aos excessos de chuvas que ocorreram no Sul em outubro, porém, as previsões para os próximos dias são positivas, com alívio de precipitações nos estados do PR, SC e RS e presença de chuvas ao norte do país. Essa situação deve favorecer os trabalhos no campo e as condições de lavoura. Vale lembrar que o USDA estima uma safra da oleaginosa brasileira de 152 milhões de toneladas.
O assunto do momento no Brasil, é a possibilidade de um B14 e B15 para o ano de 2023 (mistura de biodiesel em 14% e 15% no diesel). As indústrias então agitadas, no aguardo de uma decisão mais definitiva sobre a porcentagem de mistura de biodiesel ao diesel. É necessária uma confirmação para que elas possam direcionar a produção do óleo de soja, a fim de atender a nova demanda no Brasil e regular as exportações.
Nos EUA, o USDA atualizou os dados nesta segunda-feira (07) e a colheita da soja norte-americana alcançou 94% do total, 8 p.p acima da média de cinco anos e do ano anterior. As inspeções semanais do grão para a primeira semana de novembro, somaram 2,591 milhões de toneladas. Ainda naquele país, o USDA projetou aumento do plantio de milho em detrimento da soja para a safra de 2023/24, a qual, deve cair para 87 milhões de acres.
