O mês de agosto trouxe novos recordes para o agronegócio. Segundo os dados da Secex, foram exportadas 8,572 milhões de toneladas de soja, cerca de 44,2% a mais que o volume embarcado nesse mesmo mês de 2022!
O volume das exportações brasileiras foi tão significativo, que acompanhamos valorização da saca no mercado físico pelas principais praças de negociação. Na variação mensal, a saca da soja valorizou +4,64% no Mato Grosso do Sul e +1,06% em no Paraná. O indicador de cepea de Paranaguá teve uma variação mensal de +3,44%.
No mercado externo, as negociações nas Bolsa tiveram início nessa terça-feira (05) devido ao feriado do Dia do Trabalhador no dia de ontem (04). As cotações da oleaginosa abriram a sessão operando no campo negativo para os principais contrato. A pressão veio da forte aversão ao risco naquele país e na China.
Falando de atualizações, o USDA informou as inspeções semanais de grãos para exportação na semana encerrada no dia 31 de agosto, onde para a soja o volume foi de 378,595 mil toneladas, bem abaixo das 500,286 mil toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior. O baixo volume nas inspeções também atua pressionando às cotações em Chicago.
Nessa terça-feira (05) o USDA informou a venda de 251 mil toneladas de soja safra 2023/24 para destinos não revelados.
Ainda nessa terça-feira (05), o Governo da Argentina estabeleceu o seu Programa de Incremento das Exportações (PIE), com as regras para o novo programa do Soy-Dollar. Apesar de ser um programa que geralmente favorece os produtores argentinos, as novas regras indicam que não haverá um câmbio fixo pelo Governo, levantando assim dúvidas quanto aos reais benefícios para os utilizadores.
