Os futuros do grão começaram a semana sofrendo quedas significativas devido ao seu derivado, o farelo de soja.
A pressão veio após dados meteorológicos apontarem melhora nas condições climáticas da América do Sul, em especial na Argentina, maior produtor e exportador do farelo de soja.
Com a melhora de tais condições, tanto o plantio quanto a produtividade da soja são favorecidas, o que por lógica resultaria na maior oferta de ambos os produtos.
Além disso, a colheita da oleaginosa nos EUA segue avançando em ritmo acelerado. Segundo o USDA, até o dia 29 de outubro foram colhidas 85% das áreas totais, um avanço semanal de 9 pontos percentuais. Apesar dos trabalhos estarem levemente atrasados quando comparados com o ano anterior, ainda estão 7 pontos percentuais à frente da média dos últimos 5 anos.
Seguindo no país norte-americano, as inspeções semanais para exportação da soja foram atualizadas, e na semana encerrada no dia 26 foram inspecionadas 1,890 milhão de toneladas, bem abaixo da semana anterior e do volume de 2,586 milhões de toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.
Nesta terça-feira (31) o USDA informou uma venda de 239,492 mil toneladas de soja safra 2023/24 para o México.
No Brasil, o cenário não foi muito diferente, com o vencimento novembro variando -0,63% na Bolsa Brasileira durante a segunda-feira (30), acompanhando as perdas do petróleo.
Vale lembrar que não apenas as condições climáticas no país estão no radar, mas também a persistência da guerra entre Hamas e Israel, que caso avance para novas regiões, poderá afetar drasticamente a produção e oferta mundial de petróleo.