A semana começou bem negativa para os futuros da soja. Na Bolsa de Chicago, o contrato janeiro (ZSF3) recuou -1,56% nesta segunda-feira (12), cotado a US$14,60 por bushel. O movimento se deu frente as notícias da safra de soja na China e chuvas na América do Sul.
Quanto ao gigante asiático, sabemos que é um importante importador da oleaginosa e, estava esperando menor produção desta devido a preferência dos produtores locais pelo plantio do milho. Entretanto, devido ao clima mais quente e chuvoso mais ao nordeste do país, a produção de soja foi favorecida neste ano e teve um aumento de +23,7%, sendo esperado um volume de 20,3 milhões de toneladas.
Na América do Sul, o La Niña está gerando muita dor de cabeça, especialmente para a Argentina, maior exportador mundial de óleo e farelo de soja. Neste último final de semana, entre os dias 09 e 11, era esperado que a região tivesse temperaturas em torno de 45°C e chuvas escassas. Porém, o país recebeu um volume considerável de chuvas na sexta-feira (09), trazendo certo alívio para a cultura da soja e para o mercado.
No Brasil, o clima também não está dos melhores, as chuvas apesar de apresentarem bom volume estão mal distribuídas pelo país, e estados como o Rio Grande do Sul são os mais afetados. No Mato Grosso do Sul, o plantio da soja alcançou 98% até o final de novembro e a produção deve chegar a 13,35 milhões de toneladas, volume 49,4% maior que o da safra 2021/22.
Ainda nesta segunda-feira (12), houve atualização dos dados da Balança Comercial até a 2° semana de dezembro, pelo Ministério da Economia. As exportações de soja somaram 720,111 mil toneladas, volume que equivale a 26% do total exportado em dezembro de 2021.
Nos Estados Unidos, acompanhamos a atualização do USDA para as inspeções semanais de grãos para exportação, onde foram inspecionados cerca de 1,839 milhão de toneladas de soja. Nesta última sexta-feira (09) o USDA liberou o relatório de oferta e demanda, acesse o Balanço Semanal da Soja para saber mais.