MINUTO DA SOJA: Grão recua em Chicago com realização de lucros e pressão do câmbio

Investidores reduzem posições após altas recentes; no Brasil, cotações tem impacto do dólar e prêmios de exportação.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 18/09/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Soja – Mercado Externo

Nesta quarta-feira (17), os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. O contrato com vencimento em novembro encerrou a sessão cotado a US$ 10,43/bushel, queda de 0,57%, enquanto o de janeiro foi negociado a US$ 10,63/bushel, baixa de 0,58%.

O ajuste reflete, em grande parte, a realização de lucros por parte dos investidores, após a recente alta da oleaginosa. Além disso, a pressão cambial contribuiu para intensificar o viés baixista.

Outro fator de peso foi o enfraquecimento dos futuros do óleo de soja, em meio à frustração com a proposta norte-americana para o setor de biocombustíveis. As incertezas quanto à realocação das obrigações de mistura, recentemente dispensadas para pequenas refinarias, continuam a limitar a demanda pelo derivado, o que se reflete também sobre os preços da soja.

Somado a isso, a percepção de que a China permanece suficientemente abastecida até novembro reduz a urgência de novas compras da safra norte-americana, adicionando pressão negativa às cotações no curto prazo.

Soja – Mercado Interno

No mercado brasileiro, de acordo com o Indicador Esalq/B3 do Cepea, a oleaginosa encerrou o dia em leve alta em Paranaguá, cotada a R$ 140,29/saca (+0,1%). No Paraná, a saca foi negociada a R$ 134,48 (+0,3%).

Nas principais praças físicas, entretanto, prevaleceu o movimento de baixa. Em Mato Grosso, o preço médio caiu 0,4%, para R$ 120,94/saca, enquanto no Mato Grosso do Sul o recuo foi de 0,8%, com a cotação em R$ 126,92/saca. A principal variação positiva nas cotações veio do Rio Grande do Sul, onde a saca foi comercializada a R$ 126,09, avanço de 1,6%.

Os prêmios de exportação ainda oferecem algum suporte às cotações domésticas. No entanto, o câmbio exerce maior influência no momento. Desde o início do ano, o real se valorizou 9,1% frente ao dólar, que passou de R$ 5,83 em 1º de janeiro para R$ 5,30 até a sessão de ontem.

No campo da oferta, caso não ocorram adversidades climáticas, a produção nacional tende a alcançar novo recorde, consolidando o Brasil como o maior produtor mundial de soja. Do lado da demanda, o consumo segue em expansão, impulsionado pelo crescimento do esmagamento destinado à alimentação animal e pelo avanço da produção de biocombustíveis, tanto no mercado doméstico quanto no internacional.

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