Os futuros da oleaginosa encerraram a sessão desta última quarta-feira (28) na Bolsa de Chicago acumulando altas em 3 sessões seguidas, cerca de +3,15%, que levou o contrato março (ZSH3) a valer US$ 15,14 por bushel. O suporte veio das condições climáticas negativas na Argentina e da perspectiva de demanda na China.
Na Argentina, país na América do Sul mais afetado pelo La Niña, a situação não está melhorando. A falta de umidade no solo está atrasando o plantio da soja. A Bolsa de Cereales informou que, até o momento, a semeadura da oleaginosa está em 50,6% da área total. As previsões meteorológicas também não são das melhores para os próximos dias, prevendo novamente chuvas escassas e abaixo do normal. No mapa abaixo, é possível observar a baixa precipitação acumulada em 30 dias.
Com a segunda rodada do ‘soy dollar’ no país, o Ministério da Agricultura apontou que os produtores argentinos já venderam 78,9% de soja da safra 2021/22, um volume que apesar de positivo, segue abaixo do percentual de 80% vendido na temporada anterior. Vale lembrar que o programa finaliza nesta sexta-feira (29).
Na China, atenção para o retorno no consumo. Mesmo com hospitais lotados e aumento no número de casos de Covid-19, o movimento nas cidades está maior do que nunca. O país está querendo impulsionar sua economia então devemos ficar atentos para os movimentos em torno das importações e exportações nas próximas semanas.
Ademais, no Brasil a comercialização no mercado doméstico segue lenta, com os preços da saca sem grandes variações. O indicado Esanq de Paranaguá está em R$ 183,50, uma valorização de +1,3% ante ao dia anterior.