MINUTO DA SOJA: fundamentos pressionam as cotações da oleaginosa

No Brasil a ABIOVE atualizou sua estimativa para uma safra recorde no país. Segundo a Associação as projeções são para uma produção de 153,6 milhões de toneladas de soja.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 23/03/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Nesta quinta-feira (23) o USDA atualizou as vendas semanais para exportação nos Estados Unidos. Entre os dias 10 e 16 de março, foram vendidas apenas 152,5 mil toneladas de soja, representando uma queda de 77% ante a semana anterior. Os destinos foram a China, México e Países Baixos.

Com uma demanda mais enfraquecida não teve outra, e os futuros da oleaginosa seguem caindo na Bolsa de Chicago. Para o contrato maio a variação já superou -4,70%, levando a cotação para US$ 14,17 por bushel.

Para completar, no Brasil a ABIOVE atualizou sua estimativa para uma safra recorde no país. Segundo a Associação as projeções são para uma produção de 153,6 milhões de toneladas de soja.

Além disso, também comentou que pode haver um novo recorde no esmagamento da oleaginosa, atingindo 52,5 milhões de toneladas. A produção de farelo de soja foi estimada em 40,2 milhões de toneladas e a de óleo em 10,7 milhões de toneladas.

Para o ano, eles esperam que as exportações do grão alcancem 92,3 milhões de toneladas. Para o farelo o volume é estimado em 20,7 milhões e para o óleo 2,15 milhões de toneladas.

Com uma demanda mais tímida e indícios de safra recorde de soja no Brasil, a pressão vem forte para as cotações em Chicago.

No mercado físico brasileiro as coisas também não vão bem, com os preços da saca recuando nas principais praças de negociação. No dia 22, a região de Campo Grande/MS teve o preço da saca variando -3,1% e negociado a R$141,00.

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