A semana começou com fortes quedas da oleaginosa em Chicago. Na segunda-feira (29), o contrato março encerrou com uma variação de -1,24% e o maio de -0,92%.
Digamos que os fundamentos são baixistas para a soja norte-americana, a qual está passando por um momento difícil de baixa demanda.
Segundo o USDA, novamente as inspeções semanais para exportação vieram abaixo do esperado. Na semana encerrada no dia 25 de janeiro, as inspeções de soja totalizaram 889,717 mil toneladas, bem abaixo da semana anterior, e mais ainda das 1,931 milhão de toneladas inspecionadas em igual período de 2023.
Além desses números, o mercado também está considerando a grande safra que virá da Argentina, assim como a questão política nos EUA, que pode piorar as relações comerciais com a China.
No Brasil, a situação não está tão diferente, apesar de ter exportado soja recentemente até mesmo para os EUA.
Segundo os dados da Secex, até a 4° semana de janeiro foram exportadas 2,609 milhões de toneladas de soja, o que já supera em mais de 210% o volume total exportado em janeiro de 2023!
A média diária dos embarques para os 19 dias úteis foi de 137,323 mil toneladas.
Entretanto, apesar do volume, os preços da soja brasileiras estão muito baixos, prejudicando os produtores no país. Se formos comparar, a receita obtida por essas vendas cresceu apenas 167% ante ao ano anterior, não acompanhando a proporção do aumento de volume exportado.
No mercado físico os preços da saca sentem essa realidade, e abrem a semana recuando para as principais praças de negociação. A média da saca no Paraná recuou -1,0%, no Mato Grosso do Sul -6,0% e no Mato Grosso -4,1%.
