Essa semana iniciou negativa para os futuros da oleaginosa, e o principal culpado foi o seu derivado, o farelo. Na Bolsa de Chicago, o contrato janeiro do grão (ZSF3) recuou -1,23% no dia, encerrando a primeira sessão cotado a US$ 14,61 por bushel.
Com o aumento dos casos de Covid na China, a demanda asiática preocupa. Com margem negativa para o suíno, os chineses se veem com maiores estoques e redução na saída. Tal cenário, acarreta a redução pela busca de ração, logo, de farelo de soja.
Além disso, estudos apontam que o clima na Argentina deve apresentar leve melhora para o final do ano, pressionando com cotações com a possibilidade de maior oferta de soja e derivados. Abaixo, o mapa indica as precipitações na região para os últimos 7 dias.
Nos Estados Unidos, o USDA atualizou nesta segunda-feira (19) os dados das inspeções semanais para exportação. Até o último dia 15, o volume de soja norte-americana inspecionado era de 1,619 milhão de toneladas, ainda abaixo dos 1,909 milhão de toneladas do mesmo período do ano anterior.
Quanto ao Brasil, o Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (SIGA) informou que as lavouras do Mato Grosso do Sul estão com 97% do total em condições boas/excelentes e apenas 3% em condições regulares.
Com boas perspectivas para a produção de soja brasileira, e condições climáticas desfavoráveis na Argentina, os produtores brasileiros estão otimistas quanto a exportação de soja e derivados. Segundo o USDA, a China tende a importar 235,24 mil toneladas de farelo para a safra 2022/23, o maior volume em 11 anos.