Se o programa de exportação está bom no Brasil, não podemos dizer o mesmo dos EUA.
Com uma soja mais cara ante aos seus concorrentes Brasil e Argentina, as vendas da soja norte-americana estão abaixo do esperado, e seguem freadas com o aumento nos custos para a importação desse grão, uma vez que o escoamento está mais difícil com a baixa do nível no Rio Mississippi.
Entre os dias 22 e 28 de setembro, as vendas de soja para exportação naquele país somaram 808,500 mil toneladas para 2023/24, e foram destinadas principalmente à China, Espanha, Bangladesh, Colômbia e Indonésia.
Não devemos esquecer que a China entrou em seu feriado Golden Week no último dia 29 de setembro.
Os futuros da oleaginosa sentem a pressão, e atuam em queda na semana. Na sessão de quarta-feira (04) os principais contratos atuaram com estabilidade, após encerrar o mês de setembro com fortes quedas.

Ainda no mercado externo, a Câmara de Exportadores e Processadoras de Grãos CIARA-CEC informou que o processamento de soja na Argentina está sendo fortemente afetado pela escassez do grão no país, refletindo na menor produção de farelo de soja e abrindo às portas para concorrentes como o Brasil.
E falando no Brasil, a Anec estimou que neste mês de outubro deverão ser exportadas 6,71 milhões de toneladas de soja, volume que seria 87% maior que o total exportado nesse mesmo mês em 2022.
Para o farelo de soja, o volume a ser exportado foi estimado em 2,13 milhões de toneladas, também acima dos embarques ocorridos nesse mesmo período do ano anterior, de 1,78 milhões de toneladas.

