Quase encerrando a semana aqui no Brasil devido ao feriado de Sexta-Feira Santa, mas com muitas movimentações no mercado externo.
Nesta quinta-feira (06) os futuros da oleaginosa encerram a manhã recuando mais de 1% na Bolsa de Chicago, levando a um acumulado de -2,20% nas últimas 3 sessões para o contrato maio (ZSK3).
A soja e seus derivados foram pressionados após um importante anúncio vindo da Argentina, maior produtor e exportador mundial de óleo e farelo, com relação ao novo câmbio para o agronegócio.
O ministro da Economia do país, Sérgio Massa, divulgou um novo programa “dólar soja” que deve durar entre o período de 08 de abril e 31 de maio. O câmbio da soja será de 300 pesos para 1 dólar na tentativa de incentivar as exportações no país.
E como isso afeta o Brasil? No longo prazo podemos dizer que o cenário continua sendo positivo. Com o incentivo do governo argentino para a venda do grão, os estoques podem diminuir de forma significativa ao longo desse ano, havendo a possibilidade das esmagadoras ficarem sem soja no país.
Além do Brasil poder exportar a soja em grão para o vizinho argentino, a BCR comentou sobre a possibilidade do país tomar o posto de maior exportador mundial dos derivados da oleaginosa, afinal a Abiove já está estimando um aumento de +3,7% nas exportações brasileiras de farelo de soja para esse ano, atingindo um volume de quase 21 milhões de toneladas. Poderiam esses números aumentar ainda mais?