TRIGO BRASIL
- • De outubro a dezembro de 2018, compradores, preocupados com a possibilidade de novas altas nas cotações do cereal no início de 2019, estiveram ativos, compondo os estoques com o trigo nacional de qualidade que havia disponível no mercado, o que sustentou os preços principalmente no último mês do ano.
- No Paraná, segundo o DERAL, até o dia 19/12/18, 75% da safra já havia sido vendida e consumida na propriedade. Portanto, das 2,833 milhões de tons produzidas no Estado, 2,124 milhões de tons foram negociadas, restando, portanto, cerca de 700 mil tons disponíveis da safra 2018/19. Certamente, o que havia de qualidade satisfatória para a indústria moageira foi negociado.
- Diante do menor volume de trigo de qualidade superior no mercado interno, a expectativa é de maiores volumes importados ao longo da atual safra, principalmente da Argentina para o Brasil. Tal cenário, têm levado negociadores de farinhas a fechar contratos mantendo preços até, no máximo, março, pois a partir de então a reposição dos estoques dos moinhos será composta de trigo importado da Argentina e dos EUA, e a que desenho de preços é o principal temor da indústria moageira.
- No que se refere ao dólar, após se aproximar dos R$3,90 no final de dezembro/18, a moeda agora está no patamar dos R$3,70 desde o início do ano.
GRÁFICO HISTÓRICO SEMANAL DO DÓLAR
- Quanto aos preços do trigo que desembarca no porto de Santos-SP, o trigo argentino chega com preço CIF Porto, em média, a R$986,00/ton, com o dólar a R$3,70 e preço FOB do trigo argentino a US$233,00/ton. Portanto, vemos os preços do trigo argentino se desenhar próximo dos R$1.000/ton CIF Porto Brasil, o que baliza os preços no mercado interno a esse teto, provavelmente, e limita uma “explosão” de preços no Brasil. Logo, o dólar agora é o fator que guiará o caminho a ser percorrido pelos preços nos próximos dois meses.