Indústrias da farinha mais do que ligadas nas recentes atualizações.
O assunto do momento é a Medida Provisória 1.227, que promove restrições ao ressarcimento e à compensação dos saldos credores acumulados do PIS e da Cofins, devendo tornar o trigo e seus derivados ainda mais caros.
Neste momento, o trigo no mercado nacional já está valorizado, com o lote sendo negociado à R$ 1.424,68 no Rio Grande do Sul, uma variação semanal de +5,8%, e anual de +14,0%.
No Paraná, o lote estava a R$ 1.523,13 nesta terça-feira (11), uma variação semanal de +3,5%, e anual de +8,0%.
A opção de importação também está cara, com preços FOB na Argentina sendo de US$ 294 a tonelada.
As importações para a 1° semana de junho já foram divulgadas pela Secex, totalizando um volume de 156,329 mil toneladas, já representando 49,19% do total importado em todo o mês de junho do ano anterior.
Entretanto, as compras pela indústria agora apresentam cautela, levando em consideração as novas alterações para o uso de créditos tributários do PIS/Cofins.
Lembrando que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou um preço mínimo para a cultura do trigo, de R$ 78,51 para a região Sul a partir de 1º de julho, acima do preço praticado no mercado, porém 11% abaixo do mínimo vigente até 31 de junho
Para a região Sudeste, Centro-Oeste e Bahia será de R$80,00 a saca.
Apesar da baixa demanda pela farinha de trigo ter segurado de forma significativa as altas do produto, frente ao cenário atual os moinhos não terão outra saída a não ser acompanhar o movimento, de modo a pelo menos equilibrar a sua margem de custo de produção.