Na segunda quinzena de setembro, a colheita da soja nos EUA teve início, e até o dia 17 os trabalhos chegaram a 5% do total, estando 2 pontos percentuais a frente da colheita finalizada nesse mesmo período do ano anterior, e 1 ponto percentual a frente da média de 4 anos.
Apesar das condições quentes e de baixa umidade nas principais regiões produtoras daquele país, o USDA manteve as condições de lavouras, ficando 52% entre boas/excelentes, 30% regulares e 18% em condições ruins/péssimas.
Falando do USDA, as inspeções semanais de grãos para exportação de soja na semana encerrada no dia 14 foram atualizadas, acumulando um volume de 393,004 mil toneladas, levemente acima da semana anterior, porém bem abaixo das 521,068 mil toneladas inspecionadas em igual período doo ano anterior.
Sem alterações nas condições de lavouras, com início da colheita norte-americana e baixo volume nas inspeções, os futuros da oleaginosa se viram pressionados na Bolsa de Chicago, encerrando a sessão de segunda-feira (18) variando -1,76% para o contrato novembro.
A queda foi ainda mais acentuada após previsões meteorológicas apontarem chuvas para os próximos dias em importantes regiões produtoras do Brasil, assim como o aumento dos estoques internos dos derivados da soja na China, resultantes do alto volume que vem sendo esmagado naquele país.
No Brasil, a Secex atualizou as exportações da soja até a 3° semana de setembro, as quais somaram um volume de 3,503 milhões de toneladas, representando 84,5% do volume total exportado em setembro de 2022. Os embarques diários ficaram em média de 350,310 mil toneladas.
Nesta terça-feira (19), a ABIOVE informou que o processamento de soja neste ano alcançou 69,2 milhões de toneladas, uma alta de 5,6% ante ao volume do ano anterior.