MINUTO DO MILHO: avanços nas negociações da Ucrânia para retomada das exportações

Vale apontar que com as chances renovadas para o escoamento de trigo e milho, assim como retorno das atividades nos portos de Odesa, a lei da oferta e demanda prevalece, puxando os futuros dessas commodities agrícolas.

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 22/08/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A primeira manhã da semana começou positiva para os futuros do cereal nas Bolsa de Chicago e B3, porém o movimento perdeu força ao longo do dia, e vemos os principais contratos encerrarem a sessão de segunda-feira (21) operando no campo negativo. Em Chicago, o vencimento setembro variou -2,13% e o dezembro -2,15%.

O movimento altista abrindo a semana, se deu devido as previsões climáticas nos EUA, apontando uma onda de calor para os próximos dias por todo o Hemisfério-Norte. Também atuando como suporte, o USDA relatou leve queda nas condições de lavouras naquele país. O milho teve recuo de 1 ponto percentual para as lavouras em boas/excelentes condições, totalizando agora 58% do total. Cerca de 27% se encontram em condições regulares e 15% em ruins/péssimas.

Entretanto, o cenário se alternou no período da tarde com o avanço das negociações na Ucrânia, e possibilidade de um novo corredor para as exportações dos grãos ucranianos. Vale apontar que com as chances renovadas para o escoamento de trigo e milho, assim como retorno das atividades nos portos de Odesa, a lei da oferta e demanda prevalece, puxando os futuros dessas commodities agrícolas.

Também pressionando o milho, o USDA atualizou que as inspeções semanais para exportação nos EUA na semana encerrada no dia 17, foram de apenas 482,526 mil toneladas, bem abaixo do volume de 821,533 mil toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.

No Brasil, os futuros da B3 seguiram o movimento de Chicago, e vemos o vencimento setembro variar -1,53% na segunda-feira (21).

Também abrindo a semana, contamos com a atualização da Balança Comercial preliminar do mês. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de agosto foram exportadas 5,224 milhões de toneladas de milho, o que representa mais de 70% do volume total que foi exportado no mês de agosto em 2022. Vamos lembrar que ainda temos duas semanas para entrar nessa conta.

As exportações brasileiras seguram a saca de milho no mercado físico devido a boa demanda externa, uma vez que os preços nacionais têm caído pressionadas pela entrada da nova safra.

A Conab apontou que a colheita do milho safrinha avançou 6,4 pontos percentuais na última semana, atingindo 78,8% da área total. Em igual período do ano anterior a colheita estava em 90,2% do total. O estado de Tocantins já finalizou suas atividades, Mato Grosso estava com 99,9%, Piauí e Maranhão 98%, Goiás 91%, Minas Gerais 72%, São Paulo 50%, Mato Grosso do Sul 49% e Paraná 34%.

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