Desde o início da semana, estamos acompanhando os futuros do milho despencando na Bolsa de Nova York, e acumulando nessa quinta-feira (18) uma variação de -12% para o contrato julho.
A pressão começou com a atualização do USDA para o plantio do milho nos Estados Unidos, que chegou a 65% do total até o dia 14 de maio, um avanço de 14 pontos percentuais ante a semana anterior. O plantio está 6 pontos percentuais à frente da média de 4 anos e 20 pontos percentuais à frente do ano anterior.
Para ajudar, o acordo de grãos no Mar Negro foi estendido por mais 2 meses. Maria Zakharova, do Ministério das Relações Exteriores, informou que a Rússia concordou com a renovação para ajudar os países que necessitam de alimentos e adicionou que, os requisitos russos em relação ao acordo não mudaram.
Levando em consideração o anúncio das autoridades, o acordo agora possui validade até a segunda metade do mês de julho de 2023.
Ainda no mercado externo, o USDA atualizou as vendas semanais para exportação nos EUA. Entre os dias 5 e 11 de maio, foram vendidas 339 mil toneladas de milho, volume bem abaixo do esperado. Os destinos foram o Japão, Colômbia, Guatemala, Holanda e Alemanha.
No Brasil, a Conab divulgou o seu levantamento semanal das lavouras brasileiras. A colheita do milho 1° safra chegou a 72,4% do total no país, sendo que os trabalhos já atingiram 100% do total em São Paulo, 93% no Paraná e Minas Gerais, 87% em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 68% na Bahia, 45% em Goiás e 20% no Maranhão e Piauí. Lembrando que nesse período do ano passado, a colheita já ultrapassava 81% do total.