MINUTO DA SOJA: corte na produção da oleaginosa virá majoritariamente da Argentina, estima USDA

A produção mundial de soja deve cair para 383,01 milhões de toneladas, um corte de 5 milhões de toneladas. Os estoques finais tiveram o mesmo destino e caíram para 102,23 milhões de toneladas.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 09/02/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Se vocês acompanharam o MINUTO DO MILHO, já devem saber o assunto deste texto. Na última quarta-feira (08) a CONAB e o USDA liberaram informações importantes ao mercado, as quais são uma das responsáveis por balizar os preços das commodities agrícolas.

No Brasil, contamos com a liberação do 5° Levantamento de Safra de Grãos da safra 2022/23 pela CONAB. Apesar de atualizações significativas para o milho, a soja não sofreu maiores alterações.

A produção da oleaginosa foi estimada com um leve aumento, somando um novo volume de 152,89 milhões de toneladas. Os números também foram positivos para os estoques finais e produtividade.

Apesar do aumento na produção, a área de plantio deve cair para 43,33 milhões de hectares, onde a soja deve compensar com a produtividade, a qual está sendo estimada em 3.528 kg/ha. Os volumes para o consumo interno e exportação seguem inalterados.

No mercado físico brasileiros os preços da saca seguem operando com estabilidade e vemos o indicador Paranaguá/CEPEA encerrar o dia cotado a R$172,89. Na Bolsa Brasileira, os futuros da soja encerraram a sessão operando no campo positivo, com o contrato março variando +0,30%.

Quanto ao mercado externo, tivemos a atualização do relatório de Oferta & Demanda do USDA. A produção mundial de soja deve cair para 383,01 milhões de toneladas, um corte de 5 milhões de toneladas. Os estoques finais tiveram o mesmo destino e caíram para 102,23 milhões de toneladas.

O impacto veio todo da Argentina, que teve suas estimativas produtivas da soja reduzidas à 41 milhões de toneladas. Os danos causados pelo La Niña foram tão intensos que nem as chuvas nos últimos dias conseguiram reverter o cenário nas lavouras.

Diante desse cenário, os futuros da oleaginosa em Chicago conseguiram encerrar a sessão do dia com leve valorização diante da preocupação com uma menor oferta mundial do grão. O contrato março variou +0,29% e fechou cotado a US$15,19 por bushel.

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