Uma nova semana e dessa vez iniciamos com feriado nos Estados Unidos. Devido ao dia de Martin Luther King, as bolsas norte-americanas não abriram nesta segunda-feira (16), mas aqui no Brasil tudo normal.
O dia foi de atualização da Balança Comercial no país, com os dados da Secex atualizados até a 2° semana de janeiro, e divulgados pelo Ministério da Economia. O milho novamente é destaque entre as commodities aqui no Brasil, sendo que até a metade do mês foi exportado um volume de 2,948 milhões de toneladas, o que já supera os 2,732 milhões que foram exportados em todo o mês em 2022!
Nesse ritmo, é possível que em 2023 as exportações alcancem um novo recorde, podendo chegar a 50 milhões de toneladas exportadas.
O apoio para tal número não vem apenas do ritmo das exportações até o momento, mas também dos fundamentos que mais balizam os preços: a oferta e a demanda.
Com a liberação do último relatório de oferta e demanda do USDA na última semana, ficou claro para o mercado a redução na oferta global do milho. Com os efeitos do La Niña na América do Sul, a Argentina e a região Sul do Brasil foram fortemente afetadas pela seca, o que não apenas atrasou os trabalhos no campo, mas também acarretou perdas na produção devido ao estresse hídrico nas plantas.
Atuando também como suporte aos preços, além das boas previsões de negócios com a China, temos o retorno dos problemas logísticos no rio Mississippi, que além do baixo nível, apresenta também partes congeladas que, se não impossibilita, dificulta o escoamento dos grãos.
Ademais, no Brasil os preços da saca de milho no mercado doméstico permanecem estáveis nas principais praças de negociação. Quanto a Bolsa Brasileira, o vencimento janeiro encerra o dia levemente negativo recuando -0,18%, sem maiores referencias de Chicago.