Brasil pode ser o maior exportador mundial de algodão em 2023

Com a possibilidade dos Estados Unidos reduzirem a área de plantio, o Brasil pode assumir a ponta.

Agenda Semanal

Confira os principais acontecimentos ligados ao agro que podem impactar nos seus negócios.

Dólar tem alta com amparo externo e reação moderada a anúncio de Haddad na Fazenda

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar subiu frente ao real nesta sexta-feira, em uma reação que agentes do mercado avaliaram como comedida à confirmação de Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda do governo eleito, anúncio que já era amplamente esperado, e também alinhada à força da moeda norte-americana no exterior. No mercado à vista, o dólar ganhou 0,58%, a 5,2458 reais na venda. Embora tenha saltado até 1,33%, a 5,2850 reais, imediatamente após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciar nesta sexta-feira os primeiros nomes de ministros de seu governo, a moeda norte-americana logo perdeu fôlego e chegou a reduzir a alta para 0,03% no início da tarde, a 5,2172 reais, em sessão que contou com volumes reduzidos devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo. “A questão do Haddad é um pouco mais do mesmo que vem sendo discutido: ele já vinha sendo cotado, estava no preço já”, disse à Reuters Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar, notando reação benigna do mercado à confirmação do ex-prefeito de São Paulo na futura pasta da Fazenda, com destaque para a alta do Ibovespa. Por volta de 17h, o índice acionário de referência para o mercado brasileiro subia 0,57%, a 107.865,14 pontos. João Piccioni, analista da Empiricus, também notou reação moderada do mercado à indicação de Haddad. “A gente está vendo o dólar para cima, mas para mim esse nível não me parece nada fora do natural. Talvez se a gente, nos próximos dias, ver esse dólar superar a marca de 5,40, 5,50, aí sim eu acho que teria alguma coisa intrínseca local que realmente tenha provocado esse estresse, mas, por hora, eu olho para o mercado e vejo tudo até muito tranquilo.” Mori, da Planejar, avaliou que, de um lado, Haddad tem um perfil muito político e pode ser inclinado a mais gastos fiscais, o que vem preocupando os mercados nas últimas semanas. Mas, de outro, a definição do futuro ministro “tira incertezas e ajuda a destravar algumas coisas nessa transição de governo”, ponderou o economista, referindo-se, entre outros pontos, às negociações da PEC da Transição. O texto da PEC, que busca expandir o teto de gastos em 145 bilhões de reais por dois anos a partir de 2023 de forma a custear o Bolsa Família, já foi ligeiramente desidratado no Senado, e alguns agentes do mercado têm esperanças de que a proposta possa ser ainda mais reduzida durante as negociações na Câmara, onde tramita atualmente. Piccioni, da Empiricus, acrescentou que a alta do dólar nesta sessão não foi motivada apenas pela pauta doméstica, e que a moeda norte-americana já vinha ganhando força desde o início do pregão após dados de inflação ao produtor norte-americano mais fortes do que o esperado. “É aquela história: se espera que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) continue apertando os juros, então o dólar ganha espaço frente às demais moedas globais. Eu acho que é mais nessa do que necessariamente a questão do Haddad”, disse ele sobre o movimento do mercado de câmbio doméstico nesta sexta-feira. Na semana, o dólar avançou 0,61% frente ao real, e, no acumulado de dezembro, ganha quase 1%, depois de em novembro ter chegado a operar acima da marca de 5,40 reais. “Os investidores brasileiros geralmente são desanimados em relação ao Brasil. Essa negatividade é extrema atualmente”, disse em publicação no Twitter nesta sexta-feira Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). “A visão é de que –entre estímulos fiscais e empréstimos subsidiados– o Brasil caminha para altos juros reais. Os mercados estão começando a precificar isso”. Embora note pessimismo no âmbito doméstico, há tempos o IIF tem como “valor justo” para o real –ou seja, o patamar condizente com os fundamentos econômicos do Brasil– o nível de 4,50 por dólar. A moeda norte-americana ainda perde quase 6% frente à brasileira no acumulado de 2022, depois de ter sido pressionada mais cedo no ano pelo amplo diferencial de juros entre o Brasil e outras economias, bem como pelo salto nos preços das commodities após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Semana começa com chuva; confira a previsão do tempo

Segundo a previsão, nos próximos dias, uma frente fria vai avançar pelo Sul do Brasil e provocar chuvas fortes e temporais

La Niña pode persistir até o verão de 2023

Caso a previsão se confirme, será o terceiro verão consecutivo no Hemisfério Sul sob influência do fenômeno La Niña

Ministério da Economia remaneja despesas e libera R$ 3,3 bilhões

Na liberação de recursos, a pasta mais beneficiada foi o Ministério da Saúde, com R$ 2,3 bilhões. Outras pastas com risco de paralisação de serviços também foram contempladas

Comércio exterior da China registra o menor nível desde o início de 2020

O comércio exterior da China recuou em novembro a níveis que não eram registrados desde o início de 2020, consequência da política de ‘covid zero’ e uma demanda em queda. O aumento de surtos epidêmicos no país no mês passado, com números de contágios sem precedentes no gigante asiático, provocou diversos confinamentos que prejudicaram a produção industrial e as cadeias logísticas do país. Neste cenário, as exportações da China registraram queda de 8,7% em ritmo anual, a 296 bilhões de dólares, de acordo com os dados divulgados pela agência alfandegária. Este é o retrocesso mais expressivo desde fevereiro de 2020, quando as fábricas e portos chineses praticamente interromperam todas as atividades no início da pandemia. A queda das exportações é ainda mais significativa porque o período outubro-novembro geralmente registra números positivos devido ao envio de mercadorias antes do período de Natal. Diante da maior onda de contágios desde o início da pandemia, mas com números ínfimos em relação a sua população, a China decidiu manter a rígida política de saúde em novembro. A estratégia consiste em exames PCR praticamente diários da população, quarentenas obrigatórias para as pessoas que testaram positivo ou confinamentos de distritos ou cidades inteiras. Muitas fábricas fecharam as portas e alguns funcionários, em confinamento, não conseguiram comparecer aos locais de trabalho. Além disso, a ameaça de recessão nos Estados Unidos e na Europa, combinada com os preços elevados da energia, contribuiu para reduzir a demanda internacional de produtos chineses. As importações caíram 10,6% em ritmo anual, o que representa 226 bilhões de dólares, a queda mais expressiva desde maio de 2020. O excedente comercial do país asiático com o restante do mundo em novembro alcançou 69,84 bilhões de dólares, nível abaixo da média habitual. “Uma demanda internacional e interna em queda, perturbações vinculadas à covid e uma base de comparação elevada em alta resultaram neste verdadeiro choque, que já era esperado”, declarou Bruce Pang, analista da consultoria americana Jones Lang LaSalle, à Bloomberg News. O retrocesso do comércio exterior abala um pilar da economia chinesa nos últimos dois anos. As exportações em níveis recordes permitiriam compensar uma demanda doméstica afetada pela crise do setor imobiliário, o aumento dos confinamentos e as restrições aos deslocamentos que prejudicaram o consumo. Estes números são relativos no médio prazo, porque nos últimos dias a China começou a suavizar a política de ‘covid zero’, com uma flexibilização geral das restrições anunciada nesta quarta-feira, poucas horas depois da divulgação dos dados econômicos negativos. Após as grandes manifestações do fim de novembro, motivadas pelo cansaço da população com a estratégia anticovid, várias cidades anunciaram o fim da obrigatoriedade de testes de PCR em larga escala ou o envio de pessoas infectadas para centros de quarentena. “Mas a mobilidade ainda não foi retomada”, destaca o analista Zhiwei Zhang, presidente da consultoria chinesa Pinpoint Asset Management. As viagens entre províncias continuam sendo complicadas. “As exportações permanecerão em níveis reduzidos nos próximos meses, porque a reabertura da China será trabalhosa. E como a demanda mundial deve cair em 2023, a China terá que contar mais com a demanda interna”, completou Zhang. O governo estabeleceu para 2022 um a meta de crescimento de cerca de 5,5%, depois de 8,1% em 2021. Mas vários economistas consideram que o objetivo não é realista. “O desmantelamento progressivo da estratégia de ‘covid zero’ e o reforço do apoio ao setor imobiliário acabarão provocando uma recuperação da demanda interna”, acreditam Julian Evans-Pritchard e Zichun Huang, da empresa Capital Economics. “Mas provavelmente não acontecerá antes do segundo trimestre do próximo ano”, destacam. © Agence France-Presse.

CCR, EcoRodovias, Rumo, Santos Brasil e Ultra formam novo movimento empresarial

Ao ser questionado como o movimento vê a PEC da Transição, que amplia o teto de gastos, Beto Abreu, presidente da Rumo, afirmou que todos entendem as necessidades orçamentárias que se apresentam para o próximo governo

Comissão debate propostas que incentivam a pecuária leiteira

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na próxima segunda-feira (12) para discutir projetos que incentivam a pecuária leiteira no País. O debate atende a requerimento do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), relator das propostas na comissão. “Os projetos tratam de assunto de muita relevância social e econômica para todos os estados e municípios do Brasil em que a atividade é desenvolvida. Dados do Censo Agropecuário de 2017, o último realizado, registra que, à época, a produção de leite estava presente em mais de 99% dos municípios brasileiros, abrangendo 955.160 estabelecimentos rurais da agricultura familiar e 221.135 estabelecimentos da agricultura não familiar”, informa. De acordo com o deputado, esses estabelecimentos rurais empregam cerca de 4 milhões de pessoas e produzem cerca de 34 bilhões de litros de leite a cada ano, o que torna o país o terceiro produtor mundial de leite. “Segundo estimativas da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, até 2030 permanecerão na atividade apenas produtores mais eficientes, que promovam a melhoria da gestão e intensificarem o uso de tecnologia em seus sistemas produtivos. Por essa razão, acreditamos que a realização de um debate seja fundamental à construção de uma política nacional que melhor atenda as reais expectativas do setor”, conclui. Foram convidados para discutir o assunto, entre outros: – O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Ronei Volpi; – O pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Rodrigues Carvalho; e – Um representante do Ministério da Agricultura.

Máquinas agrícolas: vendas sobem 2,8% em outubro ante setembro

No acumulado do ano, as vendas aumentaram 18,5%, chegando a 56,246 mil unidades, de acordo com a Anfavea

plugins premium WordPress

Acesse a sua conta

Ainda não é assinante?