Estamos acompanhando os preços do trigo valorizando de forma rápida e significativa por todo o globo, com as cotações apoiadas na preocupação com a oferta mundial do cereal.
No mercado externo, já mencionei várias vezes o corte nas estimativas de produção russas, onde o clima adverso está afetando negativamente as lavouras no campo.
As condições climáticas desfavoráveis se entendem também para outras áreas da Europa, como Ucrânia e França, assim como aqui nas Américas, com foco nos EUA e ao Sul da América do Sul.
Com os preços do trigo disparando especialmente na Argentina, principal origem para a importação brasileira, e aumento significativo nas importações, o cenário no mercado físico não poderia ser muito diferente.
Apesar das altas locais serem menos agressivas que na Argentina, já vemos variações semanais e mensais positivas em todas as praças de negociação.
No estado do Paraná, a média da saca de trigo está variando no mês +13,68%, e na semana +6,20%, o que levou a um valor negociado de R$ 74,20.
Para o Rio Grande do Sul, a variação mensal está em +4,73%, e a semanal em +2,51%, com a saca de trigo valendo R$ 64,87.
Já para Santa Catarina, o cereal variou +3,63% no mês, e +2,60% na semana, com a saca negociada a R$ 67,17.
O mercado de lotes também sentiu esse efeito altista, e no RS está com uma variação mensal de +10,7%, e semanal de +3,9%, sendo negociado à R$ 1.328,43.
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