Após duas sessões positivas na Bolsa de Chicago, os futuros do milho voltaram a recuar durante a quarta-feira (15) para os principais contratos. O vencimento dezembro encerrou o dia com uma variação de -1,59% e o março de -1,17%.
Apesar de boas vendas ocorrendo nesta semana, dois pontos de pressão acabaram se sobressaindo, sendo eles as estimativas elevadas para a safra norte-americana, assim como o eminente fim da colheita, e a forte competitividade vinda do milho ucraniano.
Na terça-feira (14) o USDA anunciou a venda de 101,75 mil toneladas de milho para o México, e na quarta-feira (15) uma nova venda de 124 mil toneladas para o Japão, ambas com embarque 2023/24.
Durante a última semana, período entre os dias 03 e 09 de novembro, as vendas semanais para exportação do milho foram de 1,807 milhões de toneladas para 2023/24, volume considerado 78% maior que da semana anterior. Os destinos foram o México, Japão, Colômbia, Coréia do Sul e Honduras.
Tal informação divulgada nesta quinta-feira (16) deve arrefecer maiores quedas para o milho.
No Brasil, o comportamento das cotações na B3 foi um pouco diferente, e na sessão de terça-feira (14) o vencimento dezembro variou +0,23%. Lembramos que não houve operações na quarta-feira (15) devido ao feriado nacional da Proclamação da República.
As exportações aquecidas do cereal ainda atuam como suporte aos preços, mas principalmente a redução na oferta nacional com a recente cautela dos produtores ante às condições climáticas adversas.
A CONAB divulgou que o plantio do milho 1° safra 2023/24 avançou para 45,8% do total, uma diferença de apenas 5,6 pontos percentuais que continua deixando os trabalhos desse período muito atrasados em comparação com a safra anterior, onde o plantio já alcançava 53,9% da área total.
Entre os estados produtores, a diferença no processo da semeadura é bem visível. No Paraná o plantio estava em 96%, Santa Catarina 89%, Rio Grande do Sul 80%, Minas Gerais 46,9%, São Paulo 45%, Bahia 9% e Goiás apenas 1%.
No Paraná, estado com plantio mais avançado, os técnicos da Deral classificaram que 81% das lavouras estão em condições boas, 16% médias e 3% ruins.