MINUTO DO MILHO: o tão aguardado anúncio do FED

O ar estava mais pesado nesta quarta-feira (14), dia de decisão de juros pelo Fed nos Estados Unidos.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 14/12/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

O ar estava mais pesado nesta quarta-feira (14), dia de decisão de juros pelo Fed nos Estados Unidos. Após a inflação ter apresentado arrefecimento com o índice cheio subindo para 7,1% até novembro, a nova expectativa estava na redução do ritmo de elevação de juros americano.

Apesar do cenário macro ter aparentado melhoras nesta última terça-feira (13), os futuros do milho permaneceram no vermelho, mesmo que só um pouco. O contrato março (ZCH3) encerrou o dia na CBOT recuando -0,08% e valendo US$ 6,53 por bushel.

A pressão veio do aumento nos casos de Covid na China, que preocupam o governo chinês e o mercado pelos recentes números de hospitalizações e a proximidade da Semana Dourada Chinesa no país. O cenário é negativo para o consumo na região e levanta novamente a questão da demanda para as commodities.

Na América do Sul, os produtores estão tendo uma pequena trégua na seca. A Argentina, um dos países que mais vem sendo afetados pelo La Niña, foi reportado chuvas que estão sendo mais do que bem-vindas na região, aliviando a situação de déficit hídrico nas lavouras já semeadas, e aumentando a umidade do solo para dar sequência no plantio do milho.

No Brasil, as chuvas estão melhor distribuídas para os próximos dias e a Anec elevou suas estimativas para as exportações do cereal. Segundo os novos dados, o volume exportado de milho deve somar cerca de 6,7 milhões de toneladas em dezembro, acumulando no ano 43,88 milhões de toneladas, um número recorde para o país.

No Paraná, a Deral reportou que as condições de lavoura entre boas/excelentes somam 82%, médias 165 e ruins apenas 2%. O mercado aposta em uma safra brasileira recorde 2022/23, atuando como ponto de pressão para os futuros do milho. Enquanto isso, os negócios são lentos no mercado doméstico. Nesta terça-feira (13) em Cascavel/PR, a saca valorizou +1,4% valendo R$ 74,00 enquanto em Assis/SP houve leve desvalorização de -0,7%, com a saca valendo também R$ 74,00.

Ao final da tarde do dia 14, o FED anunciou uma alta de 50 pontos base na taxa de juros americana, o que já era esperado pelo mercado. Entretanto, ele também apontou uma taxa terminal mais alta para 2023. Após o anúncio, o contrato março em Chicago encerra cotado a US$ 6,39 por bushel.

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