MINUTO DO MILHO: números do USDA derrubam cotações do cereal em Chicago

Após o anúncio do departamento, os futuros do cereal desabaram na Bolsa de Chicago recuando -3,68% para o contrato setembro na sessão dessa quarta-feira (12).

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 13/07/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Se vocês queriam novidades, hoje é o dia. Essa semana foi repleta de informações para o mercado das commodities agrícolas, especialmente para o milho e a soja.

Ontem (12) tivemos a atualização do relatório de Oferta e Demanda global do USDA, que contou com números que surpreenderam o mercado. Para a safra 2022/23 as alterações foram pequenas quando tratamos do milho, com a produção global permanecendo estimada em torno de 1,150 bilhões de toneladas e os estoques finais recuando para 196,3 milhões de toneladas.

O corte na produção veio da Argentina, com as estimativas caindo cerca de 1 milhão de toneladas para um novo volume de 34 milhões de toneladas. De certo modo “compensando” esse volume, as estimativas produtivas do cereal no Brasil subiram 133 milhões de toneladas, não apresentando assim grandes alterações na oferta a nível global.

As exportações do milho nos EUA tiveram um recuo significativo, com as estimativas caindo para 41,91 milhões de toneladas, enquanto no Brasil o volume deve aumentar para 56 milhões de toneladas.

Mas o que realmente mexeu com o mercado foram os números da safra 2023,24, que contaram com a adição nas estimativas da produção mundial. O volume subiu para 1,224 bilhões de toneladas, puxado principalmente pelo aumento da produção nos EUA.

O USDA estimou que o volume produzido deve subir quase 2 milhões de toneladas naquele país, para um novo total de 389,14 milhões de toneladas.

Após o anúncio do departamento os futuros do cereal desabaram na Bolsa de Chicago, recuando -3,68% para o contrato setembro na sessão dessa quarta-feira (12).

Ainda no mercado externo, as vendas semanais para exportação de grãos foram atualizadas, e entre os dias 30 de junho e 6 de julho foram vendidas 468,400 mil toneladas de milho, 86% acima da semana anterior. Os destinos foram o México, Canadá, Japão, Honduras e Colômbia.

As atualizações também ocorreram no Brasil, com dados do Levantamento de Safra da CONAB. Segundo a companhia, a produção do milho no país deve ser de 127,77 milhões de toneladas, apresentando uma adição de quase 2 milhões ante as estimativas anteriores. As exportações permaneceram estimadas em 48 milhões de toneladas.

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