MINUTO DO MILHO: novo corte na produção de milho da União Europeia dá suporte aos preços

Na última sexta-feira (25), a Comissão Europeia cortou a estimativa da sua colheita de milho para 53,3 milhões de toneladas, 1,6 milhão a menos que o esperado no mês anterior.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 28/11/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A semana começa no vermelho para os futuros do milho. Na Bolsa Brasileira o vencimento janeiro/23 recuava +0,90% na manhã de segunda-feira (28) valendo R$89,54, seguido pelo vencimento março/23 com queda de -0,93% valendo R$92,60. No mercado físico brasileiro, os preços da saca se mantém nos patamares e vemos a média do Paraná valorizar apenas +0,04%, valendo R$ 76,82.

A questão gira em torno da atratividade do mercado externo para o produtor brasileiro. Com as negociações nos portos se intensificando cada vez mais, estimuladas pela forte demanda externa, e menor oferta global devido as condições climáticas adversas em locais como a Europa, a disponibilidade no mercado interno fica limitada e a atenção fica voltada para os melhores preços.

O Brasil está suprindo tranquilamente a demanda global do cereal, mesmo em época de colheita americana, e ainda mantendo estoques folgados no território nacional, apostando no volume da nova safra. Até a última quinta-feira (24), o plantio do milho primeira safra 2022/23 alcançava 88% do total.

Na última sexta-feira (25), a Comissão Europeia cortou a estimativa da sua colheita de milho para 53,3 milhões de toneladas, 1,6 milhão a menos que o esperado no mês anterior. A região sofreu com uma forte seca que acarretou sérios danos nas lavouras levando a menor produção em 15 anos. Dentro desse cenário, a importação de milho pela EU deve totalizar 23 milhões de toneladas na temporada 2022/23.

Do outro lado, o gigante asiático segue sofrendo com a covid-19. Após o aumento no número de casos e de cidades em lockdowns, a preocupação com o consumo no país continua a preocupar o mercado. Esse sentimento se intensifica após a notícia de protestos chineses contra o governo sobre as restrições mais rígidas do covid-19, levando a questionar qual será o impacto dessas ações sobre as commodities no curto espaço de tempo.

Já pela manhã, as cotações do milho foram pressionadas para baixo mas retomaram seus patamares com o contrato março/23 na CBOT (ZCH3) encerrando a sessão de segunda-feira (28) cotado a US$ 6,68 por bushel, uma leve valorização no dia de +0,09%.

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