MINUTO DO MILHO: futuros do milho abrem a semana no vermelho

Em Chicago, os futuros do milho chegaram a apresentar queda de mais de 1% para os principais contratos da bolsa.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 19/12/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Para o nosso Brasil, as chuvas estão mais bem distribuídas para esses dias e a Anec elevou suas estimativas para as exportações do cereal. Segundo os novos dados, o volume exportado de milho deve somar cerca de 6,7 milhões de toneladas em dezembro, acumulando no ano 43,88 milhões de toneladas, um número recorde para o país.

No Paraná, a Deral reportou que as condições de lavoura entre boas/excelentes somam 82%, médias 165 e ruins apenas 2%. O mercado aposta em uma safra brasileira recorde 2022/23, atuando como ponto de pressão para os futuros do milho. Enquanto isso, os negócios são lentos no mercado doméstico.

Nesta última semana, os preços da saca de milho apresentaram valorização nos principais estados. No Paraná a alta foi de +1,64% com a média da saca em R$74,52, no Mato Grosso foi de +3,37% com a saca a R$64,67 e em Minas Gerais +1,28% e a saca valendo R$77,06.

Nos Estados Unidos, o USDA atualizou os dados das inspeções semanais de grãos para exportação norte-americanas. Para o milho, o volume somou apenas 505,014 mil toneladas, abaixo das 926 mil em igual período de 2021. As vendas semanais para exportação foram de 958,900 mil toneladas, com destino para o México, Guatemala, Japão e outros destinos desconhecidos.

Na Argentina, um dos países mais afetados, o milho já semeado está apresentando danos por déficit hídrico e o plantio da área restante é atrasado pela falta de umidade no solo. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, as condições das lavouras no campo são de 18% boas/excelentes, 56% normais e 26% regulares/ruins. O plantio do milho no país argentino chegou a 42,6% do total até a última quinta-feira (15).

Apesar da demanda aquecida, os preços não conseguem manter maiores altas devido a pressão dos aumentos nos casos de Covid na China, que preocupam o governo chinês e o mercado pelos recentes números de hospitalizações e a proximidade da Semana Dourada Chinesa no país. O cenário é negativo para o consumo na região e levanta novamente a questão da demanda para as commodities.

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