MINUTO DO MILHO: em dia de atualização, CONAB e USDA apontam reduções na produção do cereal

As estimativas do USDA são para uma redução na produção global de milho em 4,57 milhões de toneladas, deixando a oferta mundial em 1,151 bilhões de toneladas. Os estoques finais também foram reduzidos e estimados em 295,28 milhões de toneladas.

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 08/02/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A quarta-feira (08) foi dia de importantes atualizações no mundo das commodities agrícolas. Começando pelo Brasil, já pela manhã tivemos a liberação do 5° Levantamento de Safra de Grãos da safra 2022/23 pela CONAB e o destaque veio para o milho.

Estamos acompanhando nas últimas semanas as complicações nas lavouras da região Sul do país, como no estado do Rio Grande do Sul, onde a seca está acarretando danos significativos à cultura.

Diante desse cenário, a CONAB reduziu as estimativas para a produção brasileira do cereal em 1,32 milhão de toneladas, levando ao novo volume de 123,74 milhões de toneladas. A redução também veio para o uso interno do produto, que caiu para 79,38 milhões.

Mesmo com a possibilidade de uma menor oferta no país, as exportações devem seguir seu ritmo de inicio de ano e as estimativas da companhia foram para um volume total de 47 milhões de toneladas.

Os preços da saca no mercado físico seguiram sem maiores alterações nas principais praças de negociação, mesmo após a liberação do Levantamento. Em Minas Gerais a média do estado estava em R$76,68 e em Santa Catarina em R$82,39.

No mercado externo o dia também foi cheio, e na parte da tarde contamos com a atualização do relatório de Oferta & Demanda do USDA.

As estimativas são para a redução na produção global de milho em 4,57 milhões de toneladas, deixando a oferta mundial em 1,151 bilhões de toneladas. Os estoques finais também foram reduzidos e estimados em 295,28 milhões de toneladas.

Para os Estados Unidos e Brasil, quase não houveram alterações, apenas gostaria de destacar que o USDA estima que as exportações brasileiras do cereal alcancem 50 milhões de toneladas.

O detalhe está na Argentina, país da América do Sul que mais sofreu com o fenômeno do La Niña. Lá, as estimativas são de redução na produção do milho em 5 milhões de toneladas, sendo esperado um volume de 47 milhões de toneladas do cereal argentino.

As secas e temperaturas elevadas acarretam em danos significativos nas lavouras, não apenas de milho mas também de soja, as quais estão impactando diretamente na oferta mundial de grãos.

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