Com o plantio do milho safrinha encerrado no Brasil, a atenção agora está voltada para o clima no país, com um olhar focado no tamanho da safra devido às quedas na produtividade.
No estado do Paraná, por exemplo, a Deral já aponta queda na produção do cereal, onde a estiagem no início do mês acabou afetando o potencial produtivo da planta, como o crescimento e formação de grãos.
Os técnicos classificaram 69% das lavouras em boas condições, 21% regulares e 10% com condições ruins.
O mesmo ocorre no estado do Mato Grosso do Sul, onde a Famasul apontou perda no potencial produtivo da cultura por estresse hídrico. Os técnicos locais classificaram apenas 62,04% das lavouras em boas condições, 18,46% regulares e19,49% ruins.
As estimativas para a produção do milho no estado são de 11,4 milhões de toneladas, cerca de 19,23% a menos que em 2023.
Tais preocupações são sentidas pelo mercado, e auxiliam os futuros do trigo na B3, que nesta quarta-feira (24) variaram +0,12% para o contrato maio e +0,19% para o julho.
Falando agora do mercado externo, nos EUA, ao contrário do trigo, o clima é favorável para o plantio do milho, o que acaba pressionando os futuros do cereal na Bolsa de Chicago.
Nesta quarta-feira (24) o contrato maio variou -1,22% e o julho -0,88%.
Já na manhã de hoje (25), contamos com a atualização das vendas semanas para exportação de grãos nos EUA, que entre os dias 12 e 18 de abril totalizaram 1,299 milhão de toneladas, um volume bem acima da semana anterior!
Os destinos foram o México, Coréia do Sul, Japão, Arabia Saudita e Taiwan.
Encerrando, o Ministério da Política Agrária na Ucrânia informou que entre os dias 1 e 24 de abril foram exportadas 4,9 milhões de toneladas de grãos, bem acima das 2,8 milhões de toneladas embarcadas em igual período do ano anterior.