Após encerrar a semana passada em forte queda de -2,35% no contrato dezembro na Bolsa de Chicago e de -1,04% na Bolsa Brasileira, os futuros do milho iniciam a sessão desta segunda-feira (05) com recuperação para os principais contratos. Na CBOT o contrato março (ZCH3) subia +1,83% no início do dia, cotado em torno de US$ 6,46 por bushel.
A alta foi apoiada pelo relaxamento da política zero-covid na China. Os protestos contra essa política continuam em várias cidades do país, pressionando a tomada de decisão das autoridades. Com o retorno da expectativa para o aumento do consumo, não apenas as commodities apresentaram altas, mas também as ações que envolvem esse meio, como restaurantes, indústrias de construção civil, entre outras.
No Brasil, o plantio de milho verão safra 2022/23 alcançou 93% da área total na região Centro-Sul até o dia 01 do mês. A semeadura avança, mas a preocupação está no Rio Grande do Sul, com 84% da área plantada, que sofre atrasos devido as chuvas irregulares e pontos com déficit hídrico.
De acordo com o Cepea, no mercado doméstico os preços da saca apresentaram desvalorização nas principais praças de negociação. Com a menor paridade de exportação, os preços físicos e nos portos ficam pressionados. Porém, as vendas externas seguem a todo vapor. Conforme a atualização da Balança Comercial com os dados da Secex, no mês de novembro as exportações de milho somaram 6,058 milhões de toneladas, cerca de +153% a mais que o mesmo mês do ano anterior.
O aumento significativo nas exportações do cereal brasileiros foram o resultado da soma entre quebra de safra na União Europeia, preocupações com o clima seco na Argentina e a dificuldade de escoamento de grãos ucranianos pelo Mar Negro.
Nos Estados Unidos, o USDA atualizou nesta segunda-feira (05) os dados das inspeções semanais de grãos, onde o volume para o milho somou 524,313 mil toneladas.