A última semana do ano iniciou positiva para os futuros do cereal. Em Chicago, o contrato março (ZCH3) saltou +1,28% nesta terça-feira (28), valendo US$ 6,74 por bushel. O movimento foi apoiado nas vendas para exportação nos Estado Unidos que, segundo o USDA, somou no dia 177,500 mil toneladas de milho, com destino ao Japão.
Aproveitando o gancho, o USDA também atualizou os dados das inspeções semanais de grãos para exportação que, até o dia 22 do mês, somavam 856,606 mil toneladas de milho.
Na Argentina, um dos países que mais vem sendo afetado negativamente pelo La Niña, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires atualizou que o plantio do milho avançou para 51,8% da área total. Vale lembrar que a forte seca na região tem gerado atrasos no plantio devido a falta de umidade no solo.
Para o Brasil, a semana foi de atualização dos dados preliminares da Balança Comercial para o mês. Até a 4° semana de dezembro, o volume de milho exportado somou 5,235 milhões de toneladas, quase 2 milhões de toneladas a mais que todo o mês de dezembro em 2021!
Dentro deste cenário, a Anec está estimando uma exportação brasileira de 6,191 milhões de toneladas neste mês de dezembro, uma redução de cerca de 400 mil toneladas quando comparado com a estimativa da semana anterior. De todo modo, o Brasil está se dirigindo para alcançar o recorde nas exportações anuais de milho, um volume esperado de mais de 43 milhões de toneladas.
Com uma menor oferta global do cereal devido a seca nas regiões produtoras da Europa e a guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil conseguiu dar um importante passo: abertura do milho brasileiro para a China.
Ademais, apesar das exportações aquecidas, o mercado doméstico brasileiro segue pouco movimentado e com preços estáveis para a saca nas praças de negociação.