MINUTO DO MILHO: ataques russos e números do USDA se tornam forte suporte para o cereal

As tensões alcançaram novos patamares após novos ataques russos à Ucrânia, que atingiram armazéns de grãos no rio Danúbio.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 25/07/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Iniciando pelo Brasil, contamos com a atualização da Balança Comercial preliminar do mês. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de julho foram exportadas 2,668 milhões de toneladas, o que representa 65% do volume total exportado nesse mesmo mês em 2022.

No campo, a Conab divulgou seu acompanhamento semanal das lavouras apontando que 98,5% do milho verão já foi colhido. Os estados que ainda não encerraram os trabalhos são o Piauí e o Maranhão.

Quanto ao milho safrinha, a colheita chegou a 47,9% do total na última semana, um avanço semanal de 8,6 pontos percentuais. Os destaques vão para o Mato Grosso com 79,5% da colheita finalizada, Tocantins com 75%, Maranhão 52%, Piauí 46%, Goiás 35%, Minas Gerais 30%, Mato Grosso do Sul 8%, Paraná 6% e São Paulo 2%. Em igual período do ano anterior a colheita nacional estava em 59,6% do total.

Indo para o mercado externo, temos atualizações do USDA. As inspeções semanais para exportação de grãos na semana encerrada no dia 20 totalizaram 309,981 mil toneladas de milho, volume novamente bem abaixo do esperado pelo mercado e do volume de 753,793 mil toneladas inspecionadas nesse mesmo período do ao anterior.

Para as lavouras no campo, o USDA aponta piora nas condições do cereal. As lavouras em condições boas/excelentes caíram para 61%, e as em condições ruins/péssimas aumentaram para 14%, com 25% das lavouras se mantendo em condições regulares.

Essa nova informação somada com as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas durante essa semana nos EUA, atuam como suporte para os futuros do cereal na Bolsa de Chicago, os quais operam em alta para os principais vencimentos.

O contrato setembro encerrou a sessão dessa segunda-feira (24) com uma variação diária de +6,34%, levando a uma cotação de US$560,40 por bushel.

Como se não bastasse, outro forte suporte segue sendo das turbulências em torno das exportações de grãos no Mar Negro, que levaram os futuros do trigo a subirem mais de 8% na Bolsa nesse início de semana.

As tensões alcançaram novos patamares após novos ataques russos à Ucrânia, que atingiram armazéns de grãos no rio Danúbio, uma investida aérea que visou uma rota vital para as exportações para Kiev e reforçou as preocupações com a oferta global de alimentos.

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