A semana iniciou cheia de tensão no mercado externo com o fim do acordo para exportação de grãos no Mar Negro. Nessa segunda-feira (17) a Rússia saiu do acordo de grãos após tantas ameaças anteriores, o que levou o mercado a digerir facilmente o ocorrido sem maiores movimentações.
A Rússia deixou claro que retomaria o acordo caso suas exigências para exportação fossem atendidas, o que não ocorreu durante a noite de segunda-feira ou ainda essa manhã de terça-feira, levantando novamente preocupações para o mercado e servindo como suporte para as cotações do trigo e do milho, as quais operavam em alta nessa manhã do dia 18.
Apesar disso, os futuros do milho tiveram uma queda brusca nessa segunda-feira (17) de -16,74% para o contrato julho lá na Bolsa de Chicago, movimento causado em sua maioria após a atualização do USDA para as inspeções semanais de grãos para exportação nos EUA.
Segundo o departamento, na semana encerrada no dia 13 foram inspecionadas 363,818 mil toneladas de soja, volume que representa apenas 33,5% do volume inspecionado nesse mesmo período do ano anterior! Como os números da semana anterior também foram baixos, a preocupação com a fraca demanda pelo cereal entra forte no radar.
Ainda nos EUA, o USDA atualizou as informações sobre o campo, onde as condições de lavouras apresentaram leve melhora para o milho. As lavouras com condições boas/excelentes totalizam 64%, estando 25% em condições regulares e 11% em condições ruins/péssimas.
Falando sobre o Brasil, contamos com a atualização da Balança Comercial preliminar do mês. Segundo os dados da Secex, até a 2° semana de julho foram exportadas 1,178 milhão de toneladas de milho, o que representa apenas 28,6% do volume total exportado nesse mês em 2022.
Os números pressionaram os futuros do milho na B3, onde vemos o contrato setembro recuar -0,76% no dia, encerrando a sessão de segunda-feira (17) cotado a R$55,88.