A semana está bem estável para os futuros do milho nas principais bolsas e para os preços no mercado doméstico. No Brasil, as negociações são pontuais no mercado doméstico e o valor da saca não apresenta maiores variações. Nesta terça-feira (06) o indicador Esalq teve leve valorização de +0,7%, valendo R$86,10. No mesmo dia, a Bolsa Brasileira tinha valorização de +0,26% para o vencimento dezembro e de +0,54% para o vencimento março/23.
No estado do Paraná, a Deral informou que nesta segunda-feira (05) foi finalizado o plantio do milho verão nas áreas previstas. Dentro disso, eles classificaram que 82% das lavouras se encontram em condições boas/excelentes, 16% em condições médias e 2% ruins.
Com o La Niña presente na América do Sul, a preocupação gira em torno das temperaturas elevadas e escassez de chuvas em importantes regiões produtoras do cereal, como o Brasil e a Argentina. Após a quebra de safra na União Europeia, a cautela do mercado está na oferta dessa commodity para 2023.
Na Argentina, estudos apontam que as temperaturas para os próximos dias podem ultrapassar 45°C! Além dos riscos de incêndios em boa parte do território, as lavouras argentinas estão sendo gravemente afetadas. O milho que já foi semeado está sofrente com a estiagem, em especial ao norte de Bueno Aires, oeste de Entre Rios e sul de Santa Fé.
A preocupação com a oferta vem servindo de suporte para os futuros do cereal, porém a recente renovação do temor por uma recessão econômica limita as altas e pressiona os preços das commodities.
Nesta quarta-feira (07), a estabilidade permanece, levando os futuros do milho na B3 a uma leve desvalorização de -0,03% para o vencimento março no início da tarde, que valia em torno de R$87,45. Na CBOT, em mesmo momento, o contrato março (ZCH3) operava em leve alta de +0,73%, cotado a US$ 6,41 por bushel.
Ademais, as movimentações devem permanecer lateralizadas, com o mercado aguardando os novos dados de Oferta e Demanda global, os quais serão atualizados nesta sexta-feira (09) pelo USDA.