MINUTO DO MILHO: a volatilidade dos preços no mercado físico brasileiro

No mercado físico brasileiro, a volatilidade está presente na maioria das praças de negociação.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 28/09/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Após iniciar a semana em queda, os futuros do milho em Chicago buscam recuperação na terça-feira (27) e o contrato dezembro (ZCZ22) fecha o dia cotado a US$ 6,675 por bushel, uma valorização de +0,19%. Apesar da forte pressão sobre esse ativo ante a uma recessão global, os preços se sustentam na colheita dos EUA, que está mais lenta do que o esperado.

Na segunda-feira (26), o USDA atualizou os dados do progresso americano. Até dia 25 de setembro, a colheita havia atingido apenas 12%, ou seja, 2 p.p abaixo da média de 5 anos. Para as condições de lavoura, entre boas/excelentes, totalizam 59%.

Na Ucrânia o cenário permanece bem movimentado. Apesar das complicações causadas pela guerra com a Rússia, o país continua vendendo milho. Com essa commodity mais barata para embarque outubro/novembro, já foram embarcados cerca de 230 navios desde a efetivação do corredor de grãos.

Já no Brasil, a B3 registra movimentações negativas, com o contrato novembro/22 cotado a R$ 89,09, queda de -0,80% e o janeiro/23 a R$93,33, queda de -0,61%. No mercado físico brasileiro, a volatilidade está presente na maioria das praças de negociação. Em Minas Gerais, a região do Centro teve a saca desvalorizada em -1,3%, valendo R$75,00. Em Goiás e Mato Grosso o cenário se assemelhou, Mineiros desvalorizou -0,9%, valendo R$71,70 e em Sapezal a saca caiu -1,3%, valendo R$64,35. Podemos acompanhar as demais cotações na tabela abaixo.

Preços do milho no mercado interno 27.09

Em Santa Catarina, o plantio da safra de verão 2022/23 já atingiu 80%, segundo a Copercampos, levemente afetado pelas condições climáticas que trazem frio e chuva para a região. E para a região do Paraná, o Deral apontou que o plantio já alcança 58%, também atrapalhado pelas chuvas na região. Já a Argentina, deve apresentar uma redução de mais de 9% na área de plantio, o que representa 810.000 hectares.

Ademais, a sessão de quarta-feira (28) encerra com valorização de +0,45% para os futuros do milho na CBOT, cotado a US$ 6,704 por bushel para o contrato dezembro (ZCZ22). Com indicativos de chuvas para o cinturão de milho nos EUA, o mercado já precifica um novo responsável pelo atraso na colheita.

Vale lembrar que nesta quinta-feira (29), será liberado pelo USDA, o relatório semanal para as exportações americanas de milho, soja e trigo. As expectativas de mercado para o milho giram em torno de um volume entre 275 e 800 mil toneladas.

Cotação do milho na CBOT 28.09

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