Iniciando pelo Brasil, contamos com a atualização da Balança Comercial preliminar do mês. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de maio foram exportadas 97,144 mil toneladas de café não torrado, o que corresponde a 66,8% do volume total exportado em maio de 2022. Com mais duas semanas pela frente, veremos finalmente as exportações se recuperarem e ultrapassarem o volume do ano anterior?
No mercado externo, contamos com atualizações dos números do USDA para a Colômbia. Segundo as novas estimativas, a produção de café colombiana deve apresentar um aumento de 3% no ano safra 2023/24, subindo para 11,6 milhões de sacas.
O apoio para tais números vêm das melhoras climáticas naquele país, o qual sofreu os últimos 2 anos com os efeitos do La Niña.
Quanto as exportações, o USDA estima um aumento de 2% no volume embarcado, o que levaria a um montante de 12,1 milhões de sacas de 60kg.
Ainda falando de estimativas, a Organização Internacional do Café (OIC) divulgou que espera um aumento de 1,7% na produção mundial do café para a safra 2022/23, estimando um volume de 171,3 milhões de sacas.
Apesar da alta frente ao ano de 2021/22, podemos observar que a balança da oferta e demanda não está em equilíbrio.
A OIC também estimou que a demanda mundial de café agora em 2022/23 deve ser de 178,5 milhões de sacas, uma alta também de 1,7% frente ao ano anterior. Não precisamos ser gênios da matemática para fazer as contas e obter um déficit de 7,3 milhões de sacas na oferta.
Todos de olho no avanço da colheita de café no Brasil, maior produtor mundial, que deverá trazer muitos pontos decisivos para a direção dos preços.
Em Nova York, os futuros do café arábica operam com volatilidade, e apesar de recuar -0,92% na sessão de terça-feira (23), o contrato julho (KCN3) encerra a manhã de quarta-feira (24) com leve alta de +0,08%, cotado a 187,5 cents/lp.