MINUTO DO CAFÉ: quarta-feira “pesada” com números do Fed e da CONAB

No total, a produção de café brasileira foi estimada em 54,360 milhões de sacas de 60 kg, um acréscimo de 6,75% no volume ante a produção de 2022.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 20/09/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A última semana foi marcada por altas significativas para os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York, com o contrato dezembro (KCZ3) voltando a ser negociado acima de 160 cents/lp, encerrando a sessão dessa terça-feira (19) cotado a 167,50 cents/lp.

O movimento teve suporte no clima do Brasil e nos dados macroeconômicos dos EUA, o qual apresentou um número positivo, acima do esperado pelo mercado, para o Índice de Preços ao Consumidor norte-americano (IPC), arrefecendo a possibilidade de alta nas taxas de juros por parte do FED, a qual, inclusive, foi anunciada nessa quarta-feira (20).

Durante essa sexta reunião do Fed, o Comite Federal de Mercado Aberto (Fomc, sigla em inglês) manteve a taxa de juros, seguindo o intervalo de 5,25 e 5,50%, conforme o esperado pelo mercado.

Mesmo com esse apoio e as recentes frentes de calor previstas para o Brasil, maior produtor mundial de café arábica, hoje (20) as cotações do grão voltam a cair forte em Nova York, recuando para 158 cents/lp.

O tombo nas cotações veio após a liberação do 3° Levantamento de Safra 2023 da CONAB, a qual estimou uma alta significativa na produção nacional do café, indo na contramão do novo temor climático.

No total, a produção de café brasileira foi estimada em 54,360 milhões de sacas de 60 kg, um acréscimo de 6,75% no volume ante a produção de 2022. Para o café arábica, a produção foi estimada em 38,16 milhões de toneladas, uma alta ainda mais significativa, representando um acréscimo de 16,6% ante ao volume produzido no ano anterior.

Quanto ao café conilon, os números não foram tão otimistas, com as estimativas para a produção 2023 em apenas 16,198 milhões de sacas, uma queda de 11% ante ao volume produzido em 2022. O volume mais baixo está intimamente ligado a queda na produtividade devido às condições adversas enfrentadas nas regiões produtoras.

Continuando, nesta semana tivemos também a atualização da Balança Comercial, onde segundo os dados da Secex foram exportadas 107,871 mil toneladas até a 3° semana de setembro, ou seja, durante os 10 primeiros dias úteis do mês. Tal volume representa 64% do total exportado nesse mesmo mês do ano anterior, reforçando as estimativas para um novo recorde nas exportações.

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