MINUTO DO CAFÉ: preços de robusta nas máximas de 15 anos em maio

Na balança da oferta e demanda, a pequena produção do café robusta nesse ano pesa.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 31/05/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Com o início da colheita do café no Brasil, os preços da saca no mercado físico sentem a pressão do aumento da oferta e recuam forte nas principais praças de negociação.

Para o café arábica, a média da saca em Minas Gerais caiu -2,8% nessa terça-feira (30), indo para R$998,50. A nível mensal, o preço já recuou 10%, sendo que ao final de abril a saca na região era vendida a R$1.108,00. O indicador da Esalq também está apresentando recuos significativos, variando -2,5% no dia e 7,9% no mês.

Apesar da queda nos preços, as negociações do café arábica tiveram leve aumento nesses últimos dias, o que segundo o Cepea é justificado pela busca do mercado por cafés mais finos. Além disso, vale apontar que até o momento tanto a colheita quanto as estimativas da safra estão dentro do esperado pelo mercado.

Quanto ao café do tipo robusta, observamos certa inquietação por parte dos produtores, uma vez que o estado do Espírito Santo sofreu com adversidades climáticas nas primeiras fases do ciclo, o que vêm resultando na quebra da produtividade. No Espírito Santo a colheita chegou a 25% do total e em Rondônia aproximadamente 45%.

Com a eminente queda na produção brasileira e alta demanda pelo robusta, os preços atingiram as máximas de 15 anos em maio.

Na balança da oferta e demanda, a pequena produção do café robusta nesse ano pesa. Segundo o USDA a Indonésia, 2° maior exportador mundial, deve ter uma queda de 20% na sua produção e o Vietnã, maior exportador mundial, deve ter suas exportações atingindo o menor nível em 3 anos, de apenas 27,5 milhões de sacas.

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