A semana não está sendo positiva para os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York. O contrato maio acumula nesta quarta-feira (29) uma queda de -4,70%, resultado das últimas sessões, pressionadas principalmente pela safra do Brasil.
Após excessos de chuva no país, o clima volta a ficar favorável para a cultura do café e pressiona as cotações. Lembrando que o Brasil é o maior produtor mundial de café.
No mercado físico brasileiro, os preços da saca abrem a semana com leves valorizações, mas já recuam nesta terça-feira (28). As indústrias iniciam o processo de compras mais encontram dificuldades em negociar com os cafeicultores, que seguem segurando o seu grão e aguardando por preços mais favoráveis.
Em Maringá/PR a saca de café arábica recuou -0,9%, saindo de R$1.107,50 para R$1.097,5. No estado de Minas Gerais, a média também recuou, saindo de R$1.113,50 para R$1.106,50.
Falando um pouco sobre o café robusta, a colheita teve início no Espírito Santo e, diferente do arábica, a produção deve atingir patamares elevados em acordo com o esperado pelo mercado, pressionando as cotações em Londres que recuam -0,55% nesta quarta-feira (29).
Em contrapartida, o Escritório de Estatísticas Gerais informou que as exportações de café no Vietnã, maior produtor mundial de robusta, devem cair -1,6% no primeiro trimestre desse ano, para 9,5 milhões de sacas de 60 kg, apontando ainda embarques de apenas 230 mil toneladas nesse mês de março.
Mesmo atentos para o importante fundamento que é a oferta, devemos ficar de olho no cenário macroeconômico e suas consequências diretas no consumo dessa commodity, especialmente quando falamos dos EUA, maior consumidor mundial da bebida.