Se vocês gostam de emoção, acompanhar essa commodity é um parque de diversões. Temos incertezas, expectativas, decepções, mas acima de tudo, volatilidade. Após encerrar a semana na sexta-feira (09) com uma queda de -2,76%, os futuros do café arábica contrato março (KCH3) dão a volta por cima, e fecham a sessão desta segunda-feira (12) subindo +5,63% na Bolsa de Nova York.
Já acostumada com esse movimento de ‘montanha-russa’, digo que continuaremos vendo muito desse sobe e desce até, pelo menos, final de fevereiro do ano que vem, quanto teremos mais bem definido o real tamanho da nova safra de café brasileiro, o que tende a determinar um rumo para os preços.
Nesta semana, o Cecafé liberou o seu relatório Mensal de Exportações de Café referente a novembro, quando o Brasil exportou um total de 3,673 milhões de sacas de 60 kg. Tal volume, apresenta uma alta nas exportações frente ao mesmo mês do ano anterior de +14,2%. O aumento expressivo é positivo para a perspectiva do consumo deste produto, o qual vem sendo muito pressionado pelo temor macroeconômico.
Apesar do fantasma de uma recessão econômica e aumento na inflação assombrarem as cotações dessa commodity, os fundamentos da oferta impedem maiores quedas. Com as condições climáticas adversas no Brasil, maior produtor mundial de café, o mercado permanece atento ao volume que estará disponível na nova safra.
Nesta quinta-feira (15), a Conab deve atualizar as suas estimativas para a safra brasileira de café. Acredito que o volume passará de 50,38 milhões de sacas para menos 50 milhões, resultado dos danos nos cafezais causados pelas chuvas de granizo no Sul de Minas Gerais.
Aguardando essa informação, os futuros do café arábica continuam no verde e encerram a sessão desta terça-feira (13) com o contrato março valendo 168,55 cents/lp, uma leve alta de +0,90%. Porém, olhos atentos para a Decisão da Política Monetária nos Estados Unidos, a qual deve ser liberada pelo Fed as 16h desta quarta-feira (14), e promete contribuir para a volatilidade do nosso querido café.
