Os futuros do café arábica na ICE caíram para uma mínima de 19 meses, alcançando os patamares encontrados em abril de 2021! O contrato março (KCH3) encerrou a sessão de quinta-feira (17) caindo -1,29% cotado a 156,35 cents/lp. Até o momento, os estoques certificados alojam um volume de 484.089 sacas.
Os preços do arábica caem frente ao real mais fraco e valorização do dólar, afinal, dólar para cima, commodities para baixo! Além disso, acompanhamos vários fatores baixistas para o nosso querido café.
A Green Coffee Association anunciou que em outubro, os estoques de café verde nos EUA subiram +5,8%, para 6,320 milhões de sacas, refletindo negativamente nos preços. Além disso, o temor pela queda do consumo permanece como uma sombra sobre as cotações, impedindo maiores recuperações.
Sei que Minas Gerais, um dos principais estados produtores do Brasil, passou por chuvas de granizo que trouxeram danos aos cafezais das regiões atingidas, e não foram poucas. Porém, em números, ainda não é possível apontar o tamanho do impacto que isso irá trazer para a safra, levando o mercado a continuar precificando um volume recorde para 2022/23 e baixista para os preços. Apenas questão de tempo.
Quanto as exportações brasileiras do café, no acumulado do mês de novembro entre o dia 01 e 17, o volume foi de 1,801 milhão de sacas de 60kg, em igual com o mês anterior. Desse total, 1,606 milhões de sacas são do café do tipo arábica.
Apesar de ainda baixos, os preços da saca de café tiveram uma valorização semanal de +1,39% para o indicador arábica e +0,30% para o robusta, cotados a R$943,57 e R$554,79 sucessivamente. No mês, a queda do arábica foi de -17,33% e do robusta de -14,22%.
