MINUTO DO CAFÉ: atualização da Balança Comercial no Brasil e perspectiva de consumo global

É fato a resiliência do café em momentos de crise, assim, não é novidade que o consumo pelo produto se mantenha ou ainda cresça.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 03/01/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Começamos 2023 com as bolsas da Inglaterra e Estados Unidos fechadas, porém com movimento no Brasil.

Nesta segunda-feira (02), tivemos a atualização da Balança Comercial brasileira referente ao mês de dezembro, a qual foi liberada pelo Ministério da Economia. Segundo os dados, o país exportou 182,101 mil toneladas de café não torrado, o que representa um recuo de 12,3% no volume ante ao mesmo mês de 2021, que contou com 207,641 mil toneladas exportadas.

No mercado doméstico a situação não é melhor, onde acompanhamos desde outubro do ano passado negócios mais lentos, e ainda hoje cafeicultores me falando que não vão comercializar o seu grão até terem certeza do tamanho da safra brasileira, aguardando assim melhor momento de venda.

Nesta primeira semana do ano, a saca de café arábica iniciou valendo R$ 1.060,00 na cidade de Franca/SP, R$ 1.040,00 em Guaxupé/MG e R$ 977,50 em Maringá/PR. Para o café conilon, a saca valia em média R$ 665,00 no Espírito Santo.

E falando em negócios mais escassos, Honduras, maior exportador de café na América Central, teve publicado pelo Instituto IHCAFE que as exportações apresentaram queda de 15% em dezembro, vendendo apenas 252,656 mil sacas de 60kg ante as 296,539 mil sacas exportadas em 2021.

A comercialização está sendo afetada pela instabilidade nos preços, principalmente pela incerteza no tamanho da safra brasileira e no consumo global. Entretanto, segundo a Euromonitor, é estimado que o consumo de café no mundo aumente 1,62% em 2023 e 2,22% até 2024.

É fato a resiliência do café em momentos de crise, assim não é novidade que o consumo pelo produto se mantenha ou ainda cresça. Segundo os dados do USDA, o consumo mundial aumentou em cerca de 20 milhões de sacas desde 2015, sem apresentar quedas significativas durante a pandemia do Covid-19, como podemos observar no gráfico abaixo. Basta acompanharmos as cenas dos próximos capítulos.

Tendo em mente a preocupação com a safra de café no Brasil, mas ainda de olho no setor macroeconômico, os futuros de café arábica encerram a sessão de terça-feira (03) cotado a 166,15 cents/lp, uma queda de -0,69% para o contrato março (KCH3) na Bolsa de Nova York.

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