Os futuros da oleaginosa estão sofrendo com certa volatilidade lá na Bolsa de Chicago, com as cotações passando do campo vermelho para o verde em um mesmo dia.
Após operar a manhã de quarta-feira (15) no campo negativo, os futuros voltaram a valorizar na parte da tarde, após a liberação do relatório do NOPA nos EUA. A Associação informou que foram esmagadas 5,16 milhões de toneladas no mês de outubro, representando um novo recorde mensal desde março.
Com a ausência da Argentina e dificuldades logísticas no Brasil, boa parte da demanda fica voltada para o farelo de soja norte-americano, o que impulsiona as cotações do derivado e carrega consigo os futuros do grão.
O destaque de hoje (16), entretanto, vai para as vendas da soja nos EUA.
Segundo atualização do USDA, as vendas semanais para exportação de soja entre os dias 03 e 09 de novembro, somaram incríveis 3,918 milhões de toneladas para 2023/24, o maior volume semanal negociado desde o ano de 2012!
O principal responsável por esse número foi a China, comprando 2,614 milhões de toneladas. Outros volumes foram vendidos para a Holanda, Vietnã, Turquia e destinos desconhecidos.
O clima adverso no Brasil também interfere nas cotações da soja em Chicago, e com isso, as novas previsões de chuvas para os próximos dias atua como pressão na Bolsa.
Os futuros na B3 também encerraram a sessão de terça-feira (14) no campo positivo, não havendo negociações na quarta-feira (15) devido ao feriado nacional da Proclamação da República.
No país, o plantio da soja continua atrasado e preocupa cada vez mais os produtores, que esperam ansiosos que as novas previsões de chuva para suas regiões se concretizem.
No Mato Grosso do Sul, a Famasul divulgou que que o plantio da soja no estado avançou para apenas 78% da área total, permanecendo 4,2 pontos percentuais atrasados em comparação com o plantio nesse mesmo período da safra anterior.
As condições de lavouras foram classificadas 95,2% como boas, 4,6% como regular e apenas 0,1% ruins.