MINUTO DA SOJA: o relatório de oferta e demanda do USDA

O USDA aumentou a produção brasileira para a soja, estimando um volume de 152 milhões de toneladas, um acréscimo de 3 milhões!

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 13/10/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Feriado no Brasil, mas lá fora os negócios continuaram “de vento em popa”. Os futuros da soja em Chicago operaram no campo positivo nesta quarta-feira (12), o contrato novembro (ZSX22) subiu + 1,40%, valendo US$ 13,955 por bushel. A alta ocorreu frente a liberação do relatório de oferta e demanda do USDA que, surpreendeu o mercado. As estimativas de produção e produtividade para a oleaginosa americana caíram -1,49% e -1,39% sucessivamente, com os números atuais sendo 117,38 milhões de toneladas e 55,81 sacas por hectare. Estoques finais e área plantada permaneceram iguais, porém, outra alteração veio na exportação, que caiu para 55,66 milhões de toneladas.

Ao mesmo tempo, o USDA aumentou a produção brasileira para a soja, estimando um volume de 152 milhões de toneladas, um acréscimo de 3 milhões! Será que o clima no país vai possibilitar esse resultado? E a China está agitada, ontem (12) o USDA informou a venda de 526 mil toneladas para o país asiático. Não podemos esquecer que houve um aumento de 1 milhão de toneladas para a importação desse importante player do mercado. A colheita norte-americana do grão já atingiu 44%, superando em 6 pontos percentuais a média de 5 anos, com lavouras entre boas/excelentes somando 59%.

No mercado físico do Brasil, a terça-feira (11) foi mais agitada, mais negócios foram registrados e as cotações passaram por leves altas em algumas praças do país. Em Ponta Grossa/PR a saca era vendida a R$186,50, em Sorriso/MT a R$167,00 e em Santo/SP a R$189,00. Até setembro deste ano, as exportações brasileiras de soja já somaram 70,8 milhões de toneladas, 8,8% abaixo do volume exportado no mesmo período do ano anterior.

Hoje (13) os futuros da soja operam em queda lá na CBOT. Com a liberação do índice de Preços ao Consumidor americano, os ativos de risco não responderam muito bem. O resultado do IPC para o mês de setembro foi de 0,6%, acima dos 0,5% esperados pelo mercado, acumulando no ano 6,6%. Tal resultado traz pressão sobre o Fed o que, deve gerar elevações mais agressivas na taxa de juros americana. O dólar opera em alta após esse anúncio valorizando pela manhã +1,04%.

TAGS:

Acesse todos os nossos conteúdos

Publicidade

Publicidade

Seja um assinante e aproveite.

Últimas notícias

plugins premium WordPress

Acesse a sua conta

Ainda não é assinante?