Nesta última quarta-feira (09), tivemos duas atualizações importantes para as commodities agrícolas: dados da CONAB e relatório de oferta e demanda do USDA.
Pela manhã, a Conab liberou o seu levantamento para a safra 2022/23 de soja brasileira e, houve algumas alterações. A área plantada e a produção aumentaram para 43,24 milhões de hectares e 153,54 milhões de toneladas, sucessivamente. Entretanto, a produtividade foi reduzida para 3.551 kg por hectare. O consumo doméstico subiu para 96,45 milhões de toneladas junto com as importações que foram para 55,32 milhões de toneladas. Os estoques finais apresentaram uma queda significativa para 5.189 toneladas.
![](https://afnews.com.br/wp-content/uploads/2022/11/CONAB-1.jpg)
Na parte da tarde, o tão aguardado relatório do USDA que, apesar de liberado, não trouxe muitas novidades para o mercado ou maiores direcionamentos para os preços. Os estoques globais subiram para 102,17 milhões de toneladas enquanto a produção caiu para 390,53 milhões de toneladas. Na Argentina, como já era esperado devido aos efeitos do La Ninã no país, a produção e os estoques finais caíram para 49,5 e 24 milhões de toneladas sucessivamente, havendo assim aumento nas exportações para 7,2 milhões de toneladas.
Para o Brasil, a revisão foi apenas para os estoques finais que, tiveram redução para 31,24 milhões de toneladas. Nos EUA, as alterações vieram para a produção e estoques finais, os quais aumentaram, sucessivamente, para 118,27 e 5,99 milhões de toneladas. Ainda no último dia 09, o USDA anunciou as vendas norte-americanas de 462 mil toneladas, sendo cerca de 264 mil para a China.
![](https://afnews.com.br/wp-content/uploads/2022/11/USDA-SOJA.jpg)
Com o retorno de algumas chuvas para a região do Mississippi e a China com seus estoques cada vez mais baixos, a oleaginosa americana volta a ser atrativa para importação.
Voltando para a Argentina, o Ministério da Agricultura relatou que as vendas até a última semana somaram 71,7% da safra 2021/22, abaixo do volume negociado na temporada anterior. Porém, o que está chamando a atenção do mercado são as discussões em torno da volta do “soy dollar” no país que, caso confirmado, vai impactar diretamente nas exportações de soja para a China e margens de esmagamento local.
Na bolsa de Chicago, os futuros da soja contrato janeiro (ZSF3) encerraram a sessão de quarta-feira (09) com leve valorização de +0,31%, cotado a US$ 14,51 por bushel. Nesta quinta-feira (10) os preços andam lateralizados indicando pequenos recuos de até 0,45%.
![](https://afnews.com.br/wp-content/uploads/2022/11/cbot-8.jpg)
![](https://afnews.com.br/wp-content/uploads/2022/11/fisico-7-715x1024.jpg)
Para consultar o levantamento da CONAB para as commodities do TRIGO, MILHO e ALGODÃO, confira os boletins diários no site da AF News.