O cenário do último final de semana não foi muito positivo para a soja ao redor do globo, e os futuros da oleaginosa encerram a primeira sessão desta semana (09) recuando nas principais bolsas.
Em Chicago, os futuros da oleaginosa variaram -0,14% para o contrato novembro e -0,16% para o janeiro, com as cotações pressionadas pela forte aversão ao risco que movimentou o dólar, mas principalmente pelo avanço da colheita nos EUA e melhoras climáticas para as regiões produtoras no Brasil.
Falando nos EUA, as inspeções semanais para exportação de soja encerradas na semana do dia 05 somaram 1,643 milhão de toneladas! Um número muito positivo quando comparado com os volumes de 676 mil toneladas na semana anterior e de 976,779 mil toneladas inspecionadas nesse mesmo período de 2022.
Os dados das inspeções já tiveram efeito, e os futuros da oleaginosa começaram a subir levemente nesta tarde de terça-feira (10) lá na Bolsa de Chicago.
No Brasil, temos atualização da Balança Comercial preliminar do mês, onde a Secex informa que durante a 1° semana de outubro foram exportadas 1,079 milhão de toneladas de soja, representando 28,4% do total exportado em todo esse mês de 2022.
A média diária dos embarques nesses 5 primeiros dias úteis do mês foi de 215,8 mil toneladas.
Após os números, a Anec renovou suas estimativas para as exportações do grão em outubro, apontando que o volume deve chegar a 6,83 milhões de toneladas, representando um acréscimo em cerca de 80% no volume ante ao mesmo mês do ano anterior!
Quanto ao farelo de soja, as novas estimativas são de que as exportações cheguem a 1,945 milhão de toneladas, um acréscimo de 9% ante aos embarques ocorridos em outubro de 2022.
No mercado físico, a semana iniciou com quedas no preço da saca para as principais praças de negociação do país, com os preços sendo pressionadas pela oferta abundante e desvalorização da soja no mercado externo.
