Nesta quinta-feira (16) contamos com atualização do USDA para as vendas semanais de exportação nos Estados Unidos. Entre os dias 03 e 09 de março, o volume acumulado para a soja foi de 665,000 mil toneladas, notavelmente acima da semana anterior. Os principais destinos foram a China, Alemanha, Indonésia, Tailândia e Holanda.
Aproveitando para falar da China, o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais anunciou que o gigante asiático deve intensificar as compras de soja para reservas estatais, além de aumentar os subsídios para os atuais produtores de grãos da região nordeste do país.
Mas não para por aí, os futuros da oleaginosa desabaram na Bolsa de Chicago após a Reuters informar sobre a preocupação chinesa quanto ao rápido avanço das contaminações de gripe suíno africana (ASF). A produção de suínos na China é responsável por grande parte do consumo de soja importada para ração, e o abate dos animais impactaria diretamente na demanda do grão naquele país.
O cenário macroeconômico também é responsável pela recente queda para as commodities agrícolas devido a forte aversão ao risco. No momento, a atenção está voltada para o banco suíço após o relatório anual de 2022 apresentar certas incoerências financeiras. Mesmo com o anúncio do banco sobre a correção dos erros, as ações do banco já caíram mais de 22% e impulsionaram a alta do dólar.
Ainda no mercado externo, a seca continua trazendo complicações para a Argentina, onde as esmagadoras de soja se encontram operando com a menor capacidade da história, levando os produtores a segurarem o seu grão temendo pelo forte recuo nos estoques do país.
Quanto ao Brasil, a preocupação está no sistema logístico do país que pressiona os preços no mercado físico cada vez mais, e na recente queda dos prêmios que pede por acompanhamento regular.
