MINUTO DA SOJA: futuros da oleaginosa buscando recuperação

Os futuros da soja tentam uma recuperação e abrem o dia no campo positivo.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 27/09/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Após passar por cinco sessões seguidas de queda, nesta terça-feira (27), os futuros da soja tentam uma recuperação e abrem o dia no campo positivo, valorizando +0,86% pela manhã para o contrato novembro (ZSX22) na bolsa de Chicago.

Apesar do movimento positivo ser para boa parte das commodities, no caso da oleaginosa, o suporte veio da atualização do USDA, nesta segunda-feira (26). De acordo com os dados apresentados, o progresso da colheita nos EUA atingiu apenas 8%, ou seja, 7 p.p abaixo da mesma época do ano anterior e 5 p.p abaixo da média de cinco anos. Para as condições da lavoura, entre boas/excelentes o número é de 58%. Como a China, maior importador de grãos, ainda está requisitando uma forte demanda e importando muita soja da Argentina (origem mais barata), o mercado se atenta para a oferta dessa commodity.

E no Brasil, olhos atentos para o plantio da safra 2022/23. Até o último dia 23, a área plantada representava 2%, alavancada pelo estado do Paraná, que saiu na frente, até o momento já acumulou uma área plantada de 9%, número 5 p.p acima da mesma época do ano anterior. A estimativa é que haja um aumento de 2,6% na área plantada do país, atingindo 42,88 milhões de hectares.

Frente ao avanço desse plantio, os preços no mercado interno brasileiro, na manhã de segunda (26), foram marcados por leves quedas. Com a perspectiva de uma safra recorde de soja, os produtores liquidaram uma boa parte da sua soja 2021/22 que estava armazenada, derrubando as cotações. No dia, a praça de Ponta Grossa/PR teve desvalorização de -1,2%, com a saca cotada a R$ 170,50. Entretanto, em uma retomada, a maior parte das regiões fecharam com pequenas altas, como Nova Mutum/MT, com valorização de +0,6%, que fechou o dia com a saca cotada a R$ 164,50.

Ao longo do dia de hoje (27), devemos acompanhar um leve movimento de queda no mercado interno frente a desvalorização do dólar, que já soma -1,64%, afinal, com a moeda brasileira mais valorizada, o produto interno se torna menos atrativo para os compradores estrangeiros.

Com o temor pela recessão econômica acompanhando cada passo do mercado, devemos ficar atentos para o humor externo e seus impactos para os ativos de risco.

Preços da soja no mercado interno 26.09
Cotação da soja na CBOT 26.09
Cotação da soja na B3 26.09

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