Se vocês acham que a semana começou bem para o milho, é porque não viram as altas da oleaginosa!
Na Bolsa Brasileira, o contrato dezembro variou +2,60% na sessão, o que não poderia ser muito diferente após dados da Balança Comercial e novas previsões climáticas no país.
Segundo os dados da Secex, até a 2° semana de novembro foram exportadas 1,816 milhões de toneladas de soja, já representando incríveis 71,9% do volume total exportado em todo esse mesmo mês de 2022!
A média diária de embarques nos 7 primeiros dias úteis do mês foi de 341,556 mil toneladas.
Além da demanda aquecida, o atraso no plantio da soja ainda permanece e preocupa produtores, que estão sofrendo com condições de altas temperaturas e falta de chuva para a região Centro-Oeste e Norte, e excesso de chuvas ao Sul.
Abaixo é possível observar a previsão de chuvas para esta semana, o que deve agravar ainda mais o cenário acima mencionado, impactando diretamente na oferta e qualidade do grão.
No mercado externo, os futuros da oleaginosa encerraram a sessão de segunda-feira (13) variando +2,59% para o contrato novembro, e +2,60% para o dezembro na Bolsa de Chicago.
A demanda pelo farelo de soja norte-americano está cada vez mais aquecida ante à falta do produto no Brasil e na Argentina, o que acaba levando à forte valorização do derivado, que carrega consigo os futuros do grão.
O que acabou freando um pouco maiores altas, foram os dados das inspeções semanais para exportação nos EUA, que na semana encerrada no dia 09, somaram 1,666 milhão de toneladas de soja, vindo abaixo da semana anterior e do volume de 2,029 milhões de toneladas inspecionadas em igual período de 2022.
Na segunda-feira (13) o USDA ainda reportou uma venda de soja para a China no volume de 204 mil toneladas para entrega 2023/24.
Finalizando, a colheita da soja naquele país chegou a 95% do total no último dia 12, um avanço semanal de 4 pontos percentuais que deixa os trabalhos em par com os do ano anterior, e 4 pontos percentuais à frente da média dos últimos 5 anos.
