A volta do carnaval não foi das mais positivas para a saca da soja no mercado físico brasileiro, com os preços registrando quedas nas principais praças de negociação.
A colheita da oleaginosa no país atingiu 25% da área total, representando um avanço significativo ante a semana anterior, puxado pelos trabalhos no Mato Grosso, porém ainda 8 pontos percentuais atrasados em relação ao mesmo período do ano anterior. As novos estimativas da produção no Brasil giram em torno de 150,9 milhões de toneladas.
No mercado externo a maior preocupação segue sendo a Argentina, onde as temperaturas elevadas continuam e as regiões contam apenas com algumas chuvas irregulares que não são o suficiente para arrefecer as condições das lavouras.
Segundo a Bolsa de Cereales, atualmente a produção estimada é de 38 milhões de toneladas, mas ainda deve ter novo um novo corte pela frente. O volume já é 12,24% menor que o da temporada anterior.
Quanto aos futuros da oleaginosa em Chicago, as cotações apresentam certa volatilidade. Na terça-feira (21) o contrato março saltou +1,56% e bateu US$ 15,48 por bushel, apoiado nas condições climáticas na Argentina, mas logo veio devolvendo os ganhos na sessão de quarta-feira (22), caindo -0,60%.
Ainda nos Estados Unidos, o USDA atualizou as inspeções semanais para exportação de grãos, onde até o dia 16 foram inspecionadas 1,578 milhão de toneladas de soja.
Em atualização recente nesta manhã de quinta-feira (23), temos uma importante informação para o mercado das commodities agrícolas, o Fórum Agrícola 2023 do USDA. Para a soja nos Estados Unidos, a estimativa é uma produção de 382,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 34,4 milhões ante ao relatório de janeiro do USDA.
As exportações também devem aumentar, saindo de 48,9 milhões de toneladas para 55,9 milhões. Os estoques finais seguem a mesma lógica com as estimativas subindo de 32,2 milhões para 47,9 milhões de toneladas.